A felicidade que brota do evangelho

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Todo ser humano almeja ser feliz. Essa verdade ninguém pode negar ou colocar em dúvidas. Nascemos para sermos felizes nesta terra. A passagem por aqui é muito breve. É apenas uma passagem que, quando muito, pode chegar a 100 anos. Aliás, continua sendo raro chegar a essa idade tão longeva, mas, mesmo quem chega lá, apenas foi um passageiro. Aqui neste mundo nada é eterno, mas tudo é breve e passageiro. E é exatamente por ser tão breve, que, queremos viver de modo realizado e feliz. Mas em que consiste a felicidade? Se fôssemos entrevistar cem pessoas, provavelmente ouviríamos diversas respostas, e, bem diferentes umas das outras. Para você: o que significa ser feliz?

Para quem projeta toda a sua vida em cima da fama, do sucesso, do reconhecimento, fará de tudo para ser reconhecido e famoso. Para ele a felicidade consistirá nisso e, fará de tudo para aparecer, ser visto e ser elogiado, ser clicado. Para aquele que a ganância do ter, do dinheiro tiver um poder decisivo, tudo com certeza vai girar em torno de estratégias para adquirir o máximo de ganhos. A sua felicidade se manifestará na possibilidade de viajar, de comprar tudo o que lhe convém, de curtir a vida, frequentar os melhores restaurantes, comer do bom e do melhor, tomar os melhores vinhos e só bebidas finas. O prazer poderá ser a fonte principal no qual gira a vida de tantas pessoas. Estará sempre buscando meios de curtir a vida ao máximo, não importando os meios para conseguir tal finalidade. Será que tudo isso levará à verdadeira felicidade e realização na vida?

Quando alguém vive voltado somente para si mesmo, para seus próprios ganhos, sem se importar com os outros, dificilmente poderá dizer que vive feliz. Tudo isso pode ser fugaz, apenas momentâneo e passageiro. É como um saco furado, que sempre precisa ser preenchido porque não para nada dentro dele. Assim é a vida daqueles que depositam nas coisas, nos prazeres e no poder a sua vida. Percebe-se um vazio muito grande, porque, a verdadeira felicidade, aquela cristã, pregada por Jesus, não consiste no egoísmo e fechamento em si mesmo. Mera ilusão, essa é a grande verdade.

A felicidade proposta por Jesus exige sempre um movimento de saída de si mesmo e, um colocar-se a serviço do outro. Algo muito difícil de ser verdadeiramente compreendido no mundo em que vivemos. Tudo gira, infelizmente, em torno de uma ilusória felicidade pessoal, feita de egoísmo e indiferença em relação ao próximo. Jesus, o mestre da felicidade, colocou toda sua vida a serviço daqueles mais pobres e necessitados. E, nos ensinou que ninguém consegue ser feliz sozinho. Ele nos deu o exemplo, indo ao encontro das pessoas, sobretudo, daquelas mais carentes e necessitadas. Ele não tinha bens materiais, inclusive, morava de favor na casa de Pedro. Ele não se preocupava com a fama e o sucesso, mas, toda sua vida era pautada encima do amor, gratuito e desinteressado. O seu prazer consistia em ver a alegria dos pobres, doentes e marginalizados, porque foram ouvidos, compreendidos e ajudados.

Na escola de Jesus nós aprendemos que a verdadeira felicidade sempre se abre ao outro. É capaz de partilhar o que têm e ser solidário, ser empático e compassivo. Ninguém pode se considerar feliz, cristãmente falando, quando se volta somente para si mesmo e para suas necessidades. Jesus nos ensinou a amar, e amar significa ajudar, sofrer com o outro, colocar a sua vida de modo voluntário a serviço dos outros, sair do seu comodismo e da sua indiferença. É um verdadeiro desafio, mas, que nos transforma e nos realiza plenamente.

Publicado na edição 1298 – 10/02/2022

A felicidade que brota do evangelho
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