Quem passou nos últimos dias pelo Parque Cachoeira se deparou com uma cena curiosa. O lago que fica dentro do parque foi praticamente tomado por algas, que encobriram toda a água, deixando o local com o aspecto de um grande gramado verde. A questão é que a situação está gerando preocupação, pois traz risco de acidentes para quem não conhece bem o parque, uma vez que é fácil alguém se confundir com grama e acabar caindo na água.
Conforme o secretário municipal do Meio Ambiente, Vitor Cantador, o fenômeno de proliferação de algas em águas mais paradas é conhecido como eutrofização. “A oferta do nitrogênio e fósforo nas águas acontece de diversos modos, quando provocada pelo ser humano, que é o caso do lago do parque, é proveniente de esgotos domésticos, onde os nutrientes são encontrados nas fezes, urinas, restos de alimentos e detergentes, e ajudam essas plantas a crescerem e se proliferarem de forma rápida”, explica.
Vitor disse que as algas começaram a aparecer há cerca de duas semanas, e que a secretaria começou a removê-las manualmente, porém, o trabalho não está apresentando resultados. “Vamos utilizar maquinários para remover as algas, e vamos aproveitar para fazer a drenagem do lago. Caso chova forte, a própria água da chuva poderá ajudar, empurrando as algas para fora do lago. Depois teremos que dar uma destinação final para estes resíduos”, esclareceu o secretário.
Ainda de acordo com ele, será feita uma análise da água do lago, para saber qual o grau de poluição. “Já retiramos muito lixo do lago, por isso é importante que as pessoas também se conscientizem e nos ajudem nesse trabalho”, orientou Vitor.
Texto: Maurenn Bernardo
Foto: Marco Charneski
Publicado na edição 1195 – 16/01/2019