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Atendimento do Pré I e II em meio período continua gerando protestos dos pais

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Em novembro do ano passado a Secretaria Municipal de Educação (SMED) começou a preparar os pais que tem filhos matriculados em CMEIs, de que a partir de 2017 as séries do Pré I e II deixariam de atender crianças em período integral, atendendo apenas meio período. A notícia não foi bem recebida, houve resistência e protestos por parte dos pais. A SMED chegou a convocar uma audiência pública onde apresentou as medidas que adotou para cumprir aos mandados de segurança impetrados pelo Ministério Público, cobrando do Município o aumento na oferta de vagas nas creches e a redução da fila de espera. Mostrou ainda o andamento das obras das unidades novas em construção, além das unidades em reforma.

O fato é que nada disso convenceu os pais e as reclamações continuaram. Na semana passada eles se reuniram em um CMEI na região central para discutir a questão e organizar um abaixo-assinado. “Não podemos aceitar isso, nossos filhos terão que ficar só meio período na escola, e o resto do dia, com quem vamos deixá-los? A mudança será péssima porque vou ter que pagar uma van para ir buscá-lo e pagar para alguém ficar com ele meio período em casa”, reclamou uma mãe.

Um pai de aluno também criticou o fato de a Secretaria adotar medidas como essa sem ao menos ofertar uma alternativa aos pais. “Eles vão cuidar dos nossos filhos enquanto estamos trabalhando?”, indagou.

Além dos pais, a mudança que a Smed está querendo implantar está preocupando também a direção das escolas municipais, que alegam não ter estrutura necessária para receber mais alunos de 4 e 5 anos. “Eles querem empilhar as crianças na escola, sem planejamento sobre transporte escolar, salas adequadas, estrutura física. A SMED diz que fará as adequações aos poucos, mas isso não é verdade, eles colocam as crianças aqui e deixam por isso mesmo”, denunciou uma diretora.

Dentro da lei

O secretário municipal de Educação, Henrique Rodolfo Theobald comentou que as mudanças já estão valendo em alguns CMEIs e atendem plenamente as exigências previstas em lei. Excpliou ainda que, com a obrigatoriedade de atender a todas as crianças do Pré II (a chamada universalização), a estrutura passou a não conseguir atender a todos em período integral.

“Por enquanto alguns CMEIs já estão atendendo as séries do pré-escolar I e II em meio período, mas em 2018 todas as unidades estarão atendendo dessa forma, com exceção das unidades que atendem crianças em situação de vulnerabilidade social”, explicou.

Com relação à resistência por parte dos pais, Henrique disse que toda mudança é difícil, mas aos poucos todos vão se adequando a elas. “Estamos tentando melhorar o atendimento e pretendemos criar mais vagas para o Berçário I e II e Maternal, que atualmente tem uma fila de espera grande”.

Texto: Maurenn Bernardo