E lá se vão 100 dias da gestão iniciada em 1º de janeiro de 2025. Alguns dirão que é pouco tempo para qualquer tipo de análise. Outros dirão que já é tempo para termos uma noção do governo eleito em outubro do ano passado. Há também aqueles que berrarão que já se passou muito tempo e nada ou pouco foi feito. São todas análises possíveis. O que muda em cada uma delas é o interesse da pessoa que fez a análise.
100 dias é pouco tempo em se tratando de administração pública. De fato, não é possível se exigir muito do gestor num espaço tão curto. Não haverá melhora significativa em se tratando, por exemplo, da Saúde, principal bandeira de campanha da administração eleita. No entanto, é fato que 100 dias é muito tempo para o cidadão comum, que eventualmente carece de um procedimento médico de urgência. E aí está o grande desafio do gestor do momento: saber lidar com essas realidades conflitantes e não se afastar um milímetro que seja do seu compromisso maior de campanha, que é entregar uma cidade melhor do que recebeu de seu antecessor.
E para entregar essa cidade melhor, seja daqui quatro ou oito anos, o gestor precisa ter uma equipe alinhada com seus propósitos. E com 100 dias de governo já é possível saber quem do time está comprometido com a missão dada. Não há mais espaço na administração pública para profissionais de primeiro escalão sem qualificação técnica para o cargo que ocupam. Não há mais espaço na administração política da cidade para secretários que não sejam comprometidos com o projeto político do líder do grupo.
Para que o governo de Gustavo Botogoski consiga entregar o prometido em campanha ele precisará minerar muito bem essa equipe até o sexto mês de governo. Em 100 dias muito possivelmente ele já deve ter notado quem terá condições de entregar algo a população. Seu desafio agora é fazer com que nos próximos dois meses ele convide aqueles que não tem essa condição a desembarcar do barco, passando a contribuir com a cidade apenas como cidadãos. Só ser gente boa, só ter sido parceiro na campanha não pode ser garantia de cargo, ainda mais no primeiro escalão. Da mesma forma, só currículo também não pode ser salvaguarda de emprego. É preciso ação! Porque para os anais da história só haverá um nome lembrado como bom ou mau gestor: Gustavo!
Edição n.º 1461.