Clínica diz que levou calote de empreiteira

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A Clínica Atento Medicina do Trabalho e a empresa Método Potencial Enge­nharia, são protagonistas de uma situação bastante embaraçosa. De um lado está a clínica médica, que alega ter sido vítima de um calote, do outro, está a empreiteira contratada pela Petrobras para a­tuar na parada de manutenção, que também diz ter sido lesada.

O impasse começou quando a Método Potencial contratou a Atento para efetuar os exames admissionais dos trabalhadores que atuariam na parada. O proprietário da clínica, Maurício Che­ratzki, afirma que fechou um contrato com a empresa e que após executar sua parte no acordo, não teria recebido a quantia de R$ 85 mil. “Entreguei os exames e agora eles não querem me pagar. Esta empresa tem fama de ser caloteira, de ter ficado devendo em outras praças. Já formulei reclamação no canal de denúncia e na Ouvidoria da Petrobras. Tenho todos os protocolos, e-mails e mensagens de whats confirmando isso. Eles querem os laudos completos dos exames, mas só vou entregar tudo quando quitarem o que me devem”, pontuou o médico.

Ele criticou ainda o fato de a Petrobras ter contratado uma empreiteira sem checar sua idoneidade. “Qual o critério que eles utilizam, gostaria de saber. Já tentei vários acordos com eles, mas não deu em nada, agora pretendo ajuizar uma ação contra a Método Potencial, a Petrobras e a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados – Fafen (antiga Fosfertil, que agora pertence à Petrobras), para buscar meus direitos”, reiterou.

O superintendente de manutenção da Potencial, Antonildo Alves Alcântara, e o gerente de contratos, Luiz Henrique Alencar de Amorim, explicaram que o pagamento dos exames sempre foi feito praticamente à vista. “O problema é que agora a clínica está alegando que só vai nos entregar os laudos completos, e não apenas os Atestados de Saúde Ocupacional – ASOS, se quitarmos o restante que falta, mas só vamos pagar se ele nos entregar os laudos completos, pois quem garante que estes exames foram mesmo feitos. Além disso, o Dr Maurício se negou a assinar os contratos conosco, o que acarretou a impossibilidade de efetuarmos todos os pagamentos pelos serviços executados”, alegaram.

Os representantes da empresa afirmaram ainda que o setor jurídico da empresa já enviou todas as explicações para a Ouvidoria da Petrobras, onde o Dr Maurício registrou denúncia.

Enquanto esse jogo de empurra-empurra não for resolvido, e uma das partes não ceder, a A­tento ficará sem o dinheiro e a Método Potencial sem os laudos dos trabalhadores.

A reportagem do Jornal O Popular entrou em contato com a assessoria de imprensa da Petrobras, mas após várias tentativas e promessas de que se manifestaria a respeito, a resposta não veio.

Texto: Maurenn Bernardo

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