Na manha deste domingo dos Pais, dia 14 de agosto, foi encontrado na localidade rural de Campestre, em Araucária, o corpo de um homem que foi identificado como sendo do policial militar Rodrigo Federizzi, desaparecido em Curitiba desde 28 de julho.
Um agricultor, junto com seu filho estavam preparando um terreno para fazer plantio e, quando passavam o arado se deparam com um grande saco plástico enterrado. Quando pararam para ver o que era descobriram que havia o corpo de um homem dentro. A PM foi acionada e o perito Edimar Cunico do Instituto de Criminalística, da Polícia Civil foi até o local. O corpo estava enterrado próximo à superfície e quando foram terminar de desenterrar descobriram que estava sem as pernas. O perito observou que havia um ferimento de bala na cabeça e estima que, o corpo devia estar ali há cerca de quinze dias, período que bate com a data do desaparecimento. Disse que estava em bom estado de conservação porque estava dentro do saco e que no local ele onde foi enterrado a terra é úmida e a temperatura que fez nos últimos dias também ajudou. Além das condições de conservação do corpo, a aliança que estava em sua mão esquerdatem o nome da esposa, Ellen Federezzi.
Entenda o caso
Ellen Federezzi registrou no dia 30 de julho que seu marido, o policial militar Rodrigo Federizzi, havia desaparecido no dia 28, por volta de 10h30. No boletim de ocorrência, ela disse que ela havia saído para resolver assuntos pessoais, mas não voltou mais. A polícia começou uma investigação e fez uma perícia na residência do casal, que fica no bairro Tatuquara, em Curitiba. Com o uso de equipamentos especiais e um líquido chamado luminol, que reage com vestígios de sangue, descobriu que todos os cômodos da casa estavam limpos, exceto o quarto do casal e no banheiro. Encontraram também um serrote com vestígios de sangue.
Ellen acabou sendo presa no dia 10 de agosto, por ser suspeita de ter matado o marido. Mas até então o corpo não havia sido encontrado. Ela nega que tenha cometido o crime.
O filho de nove anos do casal foi entrevistado por um psicólogo e disse não entender o que estava acontecendo, nem com o sumiço do pai nem com a prisão da mãe. Ele está na casa dos avós. Mas foi descoberto que a criança teria acordado na noite anterior ao sumiço de Rodrigo com o barulho de um estampido, provavelmente de disparo de arma de fogo. Rodrigo trabalhava na Secretaria de Segurança Pública do Paraná, no setor de monitoramento de tornozeleiras eletrônicas.
Texto: Carlos do Valle – Fotos e vídeo: Marco Charneski – O Popular do Paraná
