Na noite desta segunda-feira, 29 de maio, aconteceu no salão do júri de Araucária uma audiência pública para formalizar a criação da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC), que são mini unidades penitenciárias.
Na ocasião estiveram presentes representantes da Polícia Militar, Polícia Civil, do Poder Executivo, Legislativo e Judiciário, representantes da subseção de Araucária da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Conselho da Comunidade e líderes comunitários. Foi criada a diretoria da associação a fim de acompanhar todo o processo até a sua instalação e posterior administração.
A criação da APAC em Araucária é uma vontade antiga dos integrantes do Conselho da Comunidade e também do juiz criminal Sergio Bernardinetti e do promotor de justiça Josilmar de Souza Oliveira. Na audiência, a coordenadora estadual da APAC, a juíza Branca Bernardi, falou sobre a implantação do órgão e apresentou dados de ressocialização dos presos que participaram do programa.
A cada mil presos, 87% retornam aos presídios. Na APAC, há espaço para 40 detentos, neste padrão 84% não voltam mais a cometer crimes, pois se arrependem e criam valores enquanto estão inseridos na associação, visto que lá eles trabalham sob um regime rígido de disciplina, gerenciado pela diretoria eleita que também contratará funcionários celetistas e contará com apoio de voluntariado.
O advogado Ricardo Escher, que também esteve presente na audiência e passou a integrar a diretoria, comentou que, após a exposição da Dra. Branca, a diretoria foi eleita a fim de instituir a APAC em um primeiro momento com estatuto e regimento. “No próximo dia 12 de junho, haverá uma reunião com o prefeito Hissam para estudar a possibilidade a viabilidade da doação de um espaço em que possa ser construída a casa da APAC”, comentou.
Foto: Willian Barboza
