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Edilson Bueno: O professor e a deputada

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Tentando agradar o agrobiz, o bolsonarismo resolveu instalar uma CPI pra criminalizar o MST, e convocou sem saber direito, o notável professor de direito, José Geraldo para inquisição, parece que o tiro saiu pela culatra. A disputada Carolina do Tony tentou encurralar o ex-reitor através de infindáveis estatísticas procurando criminalizar o MST, e levou uma invertida de dar dó na Chapecó, terra natal da deputada.

O professor espinafrou a inquisidora dizendo que estatisticamente cem por cento das pessoas que bebem água desenvolvem câncer, e isto não prova nada. Disse também que os índios não viram as caravelas quando Colombo chegou aqui, porque eles não tinham elementos cognitivos para ver, pois aquilo era incompatível com o quadro mental da sua cultura, sem elementos para visualização do ocorrido.

“A gente só enxerga aquilo que temos cognição de ver. Eu não tenho como discutir com a deputada sua visão de mundo. Sua percepção como cosmovisão só lhe permite enxergar o que a senhora tem escrito na sua face. A senhora não vai ver o que existe, mas o que a senhora recorta da realidade. Sua percepção esta recortada por um processo cognitivo de historialização de outros aspectos da realidade. É por isso que os gregos já diziam que teoria significa aquele que vê à frente. A gente só enxerga através do conhecimento que temos em nossa mente. Por este motivo que eu não tenho como discutir com a senhora essas questões. Nós só enxergamos aquilo que queremos ver, ainda mais quando não possuímos conhecimentos de outros aspectos da realidade”, sentenciou magistralmente o mestre.

Enquanto isso, se por aqui hoje há progresso, significa que progressistas governam, não significa que acabou o atraso, eles estão por aí.

Edição n. 1368