No final da década de 1950, o dramaturgo e escritor brasileiro cunhou a expressão “complexo de vira-lata”. Num primeiro momento ela se referia ao trauma do brasileiro em razão da derrota de nossa Seleção em pleno Maracanã na final da Copa do Mundo de 1.950. Posteriormente, no entanto, ela foi amplificada para essa nossa mania de nos colocarmos voluntariamente em inferioridade em face do resto do mundo.
Essa síndrome, digamos assim, pode ser vista também no comportamento araucariense quanto ao que é da nossa cidade, volta e meia voluntariamente verbalizamos esse nosso complexo de vira-lata, achando graça em diminuir o que é de Araucária.
Vimos isto recentemente ao publicarmos uma matéria sobre a proximidade da inauguração de um dos empreendimentos mais desejados pela nossa população, que é um shopping para chamar de seu. Fruto do empreendedorismo de um grupo local, o espaço é o economicamente possível para o tamanho e perfil de nossos moradores.
No entanto, ao invés de ficarmos felizes pela obra; de torcermos para que ela seja viável; de desejarmos sorte aos empreendedores que estão acreditando na viabilidade do negócio e investindo seus recursos para abrir uma loja no local; preferimos criticá-lo. Exatamente! Temos visto muitas pessoas gastando seu tempo e energia para exarar comentários maldosos, aparentemente torcendo para o fracasso do centro comercial.
Isso não é aceitável! Precisamos parar com essa mania de gastarmos mais tempo reclamando do que não temos do que agradecendo pelo que temos. Necessitamos urgentemente parar de querer nos compararmos ao que não tem comparação. Precisamos ser mais bairristas. Defender o que é nosso! Não admitir que critiquem nossa cidade, nosso comércio, nossos parques, nossas conquistas! Afinal, Araucária é e sempre será a melhor cidade do mundo!
Pense nisso e boa leitura!