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Editorial: O exercício de bem informar!

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Foto: Divulgação
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Ao longo de mais de um quarto de século O Popular tem vivenciado a difícil tarefa de abordar jornalisticamente a cobertura de casos de atentados contra a própria vida. Por princípio, a regra que norteia nosso trabalho é o de não publicizar situações assim.

E não fazemos isso porque os órgãos de saúde assim recomendam, no entanto, somos invariavelmente colocados diante de situações que a não divulgação do caso é impossível, seja porque ela envolve pessoas públicas, seja porque o fato aconteceu em local de acesso público e o atendimento ao sinistro demandou isolamento de área, alteração do fluxo de circulação de pedestres e veículos ou porque o fato chegou ao conhecimento da imprensa não como suicídio ou ideação.

É, por exemplo, o que vimos esta semana. Uma notícia que nos chegou como descarte irregular de cadáveres de pets e/ou a suspeita da morte sequencial desses bichinhos acabou por revelar que eles também foram vítimas de uma circunstância extrema da qual era vítima sua tutora.

A complexidade da situação nos obrigou a informar que o fato se tratava de uma circunstância de suicídio. Porém, tivemos a sensibilidade em respeito a vítima e seus familiares ao não mencionarmos nome e nem contexto do fato. Porém, assim como a imprensa precisa ter essa sensibilidade e compromisso na prevenção desse problema rogamos para que os leitores também exercitem essa empatia.

Não há o que se especular acerca das motivações que vitimaram essa pessoa. E, sim, precisamos qualificar essa pessoa como vítima. Ela é vítima de suicídio, até porque estamos falando de um problema que mata uma pessoa a cada 40 segundos em todo o mundo, sendo a segunda maior causa de mortes entre pessoas de 15 a 29 anos atualmente em nosso planeta.

E se você que nos lê agora eventualmente está passando ou conhece alguém que está passando por problemas de saúde que levam a idear ou tentar suicídio procure ajuda especializada. Existe uma ampla rede de profissionais de saúde aptos a te auxiliar, como – por exemplo – as unidades básicas de saúde, os CAPS, o Centro de Valorização da Vida (CVV), dentre outros!