Ao longo das últimas semanas recebemos na redação do jornal O Popular do Paraná reclamações de transeuntes acerca do péssimo estado de conservação de algumas ruas da região do Thomaz Coelho.
Os vídeos e fotos enviados por esses pedestres e motoristas mostravam muito barro e uma buraqueira absurda. Um olhar menos atento desse cenário nos leva a achar que aquela região está abandonada pelo Município. A verdade, porém, é justamente a inversa. Nunca antes aquelas ruas receberam tanto investimento.
O barro e buracos vistos nas fotos e vídeos não é uma má notícia. É apenas fruto do irritante período que existe entre o início de uma obra e seu término. Em todos os lugares em que se executa uma obra sem que o perímetro dela possa ser fechado isto acontece. Em nossas casas mesmo. Se você decide reformar um banheiro, que normalmente fica dentro do imóvel, o caos se instalará. Teremos poeira nos móveis, chão sujo, barulho e assim por diante.
Agora, imaginem o cenário do parágrafo acima transmutado para uma obra de milhões e milhões de reais, que envolvem alguns quilômetros de vias numa área industrial pela qual trafegam diariamente centenas de caminhões. Imaginaram? Então, é óbvio que até que a obra seja concluída haverá muitos transtornos.
E, em se tratando de uma obra pública, é preciso entender também que sua execução é feita respeitando um cronograma que foi pensado pela empresa que venceu a licitação de um modo que ela faça um bom serviço, mas que também obtenha lucro. Logo, ela sempre mobilizará suas equipes conforme a etapa global do projeto. Além disso, como todo serviço de engenharia, ele é executado por pessoas e máquinas e ambas estão passíveis de imprevistos. Funcionários ficam doentes, máquinas quebram e tudo isso interfere no dia a dia dos trabalhos.
Da mesma forma, é preciso sempre entender que uma obra de pavimentação de vias já consolidadas é executada a céu aberto. Logo, sempre é necessário levarmos em conta que as condições climáticas vão influenciar no andamento das obras. Se chover, é barro. Se fizer muito sol, é poeira. E não há o que fazer!
É claro que não estamos dizendo aqui que as pessoas não têm o direito de ficar indignadas com os incômodos que uma obra dessas gera. Elas têm sim! E sempre é importante buscarem as informações necessárias acerca do cronograma dos trabalhos. Mas, feito isso e estando os prazos sendo seguidos ou os atrasos explicados, precisamos é mentalizar que os transtornos são passageiros, mas os benefícios da obra terminada são permanentes.
Pensemos sempre nisso e boa leitura!
Edição n. 1368