Errando e acertando

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Em coluna anterior fiz uma referência aos poucos, porém valiosos, leitores deste espaço. Recentemente, tive a oportunidade de conferir o quanto de erro e de acerto havia em tal afirmação. Continuo pensando que são mesmo poucos os leitores porque, infelizmente, boa parte da população não tem o hábito de comunicar-se através da leitura e da escrita. Sim, ler é estabelecer a mesma comunicação contida no ato de escrever. Lendo, avaliamos as formas de expressão embutidas em frases construídas com palavras que nem sempre usamos no dia a dia, mas que poderão vir a ser utilizadas por nós. É possível, também, conhecer o ponto de vista de quem escreveu o texto e articulou o conjunto de frases a partir de um cuidadoso estudo. Conhecer não significa concordar, mas sim ter compreensão suficiente até para discordar. O ato de dedicar-se a leitura tem importância destacada nestes tempos da comunicação instantânea, que tem seu ápice nas chamadas redes sociais da internet. Nelas, assiste-se a um horrendo festival de compartilhamento de opiniões que, na maioria das vezes, sequer tem autoria conhecida e que são espalhadas e desfeitas como nuvens de poeira. É divertido e até pode ser informativo participar de tais redes de comunicação, mas é preciso cautela redobrada para filtrar e descartar aquilo que não teve a mínima reflexão antes de ser exposto. Depois de sair um pouco do isolamento a que voluntariamente tenho me submetido, reconheço que errei e que meus leitores não são tão poucos. Agradeço a atenção daqueles cinco que, em minha circulada rápida por estabelecimentos bancários e comerciais de Araucária, destinaram um pouco de seu tempo para dizer que costumam ler o que escrevo. Ao opinar sobre este espaço que ocupo regularmente, mostraram e eu havia acertado ao dizer que meus leitores são muito valiosos. É por isso que continuo me esforçando para estabelecer uma comunicação escrita salutar. Podem ficar tranquilos que considerar que vivo recluso não é uma tentativa de me ombrear com escritores do porte de um Dalton Trevisan, este sim avesso a exposição. É apenas uma decorrência de minha aposentadoria, que me afastou dos ambientes em que convivia. Apreciei muito os comentários e afirmo que todos podem colaborar neste processo mágico que é a comunicação através da escrita que tento praticar. Inclusive aquele amigo que disse não se achar em condições de opinar sobre como melhorar meus artigos. As mais criativas opiniões, muitas vezes, brotam da sabedoria de quem tem os pés fincados na realidade. Críticas e sugestões sempre serão bem vindas, pois estimulam o crescimento. Errar e acertar constitui a sina do aperfeiçoamento constante que deve ser nossa existência. Comentários podem ser feitos também em www.opopularpr.com.br, na seção OPINIÃO.

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