
Um grupo de nove guardas municipais mulheres foi vítima de pichações preconceituosas feitas dentro de um banheiro da sede da Guarda Municipal. De acordo com as denunciantes, o caso teria acontecido no dia 8 de novembro.
A frase foi pichada num banheiro de uso comum dos guardas. O autor (ou autores) escreveu, utilizando uma caneta de cor azul, a seguinte frase: “piranhas da GMA. Fazemos de tudo”. Em seguida, acrescentaram o nome de nove integrantes da corporação.
Segundo as guardas que procuraram nossa reportagem para denunciar o caso, esta não foi a primeira vez que esse tipo de pichação apareceu nas paredes da sede da GM. Em outra ocasião, uma frase do tipo foi escrita num setor da corporação utilizado para o manuseio de armamento. Naquela oportunidade, no entanto, o nome de apenas duas integrantes da corporação foi mencionado.
Ainda conforme apurado por nossa reportagem, a agressão sofrida pelas guardas municipais foi denunciada à Delegacia da Mulher de Araucária, que – por acaso – funciona no mesmo prédio que serve de sede à GM. A proximidade, no entanto, não foi o suficiente para amedrontar o autor do preconceito sexista.
O boletim de ocorrência foi registrado na DP da Mulher no dia 20 de novembro e a delegada Hastrit Greipel está à frente das investigações.
Ao todo, a Guarda Municipal tem 162 integrantes, dos quais 22 são mulheres. As que procuraram O Popular explicaram que decidiram denunciar o caso para evitar que, o que começou com uma pichação sexista evolua para algo mais sério, como uma investida indevida ou coisa do gênero.
Além de se tratar de um crime contra a honra das guardas municipais mulheres, o autor (ou autores) praticaram ainda outro ilícito: depredação do patrimônio público, já que as pichações foram feitas dentro de um imóvel que, embora locado, está sob responsabilidade do Município. E, o pior, o ataque muito provavelmente foi cometido por um integrante da Guarda Municipal, que nasceu justamente para zelar pelo patrimônio público.

Rigor
Sobre o assunto, José Roberto Fortes Couceiro, afirmou que a Guarda Municipal não admite este tipo de postura, seja ela praticada por quem quer que seja e que o caso também está sendo investigado internamente. “Estamos apurando os responsáveis por esta situação e, tão logo tenhamos certeza de quem o praticou, ele será punido com rigor”, garantiu.
Texto: Waldiclei Barboza / Foto: divulgação