Pesquisar
Close this search box.

Hissam e Ben Hur entram na briga pela reabertura da FAFEN

Facebook
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Email

Uma comitiva de autoridades políticas municipais e lideranças partidárias visitou na manhã desta terça-feira, 1º de agosto, a unidade araucariense da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (FAFEN), que está hibernada desde março de 2020.

O grupo foi liderado pelo prefeito Hissam Hussein Dehaini e pelo presidente da Câmara, Ben Hur Custódio de Oliveira e teve como objetivo entender quais os passos necessários para que a FAFEN seja reativada e como o poder público municipal pode contribuir para sensibilizar o Governo Federal e a Petrobras sobre a importância dessa retomada da operação da antiga Ultrafertil para a economia municipal e nacional.

A visita à FAFEN contou ainda com a presença do vereador Irineu Cantador, dos filiados ao diretório municipal do PT, Osvaldo Marcondes e José Gonçalves, além do procurador-geral do Município, Simon de Quadros. Durante a conversa, o gerente de transição da Petrobras, Mario Alberto Dal Zot, explicou à comitiva a situação atual da unidade araucariense e falou um pouco sobre a importância da retomada dos trabalhos da planta para atender a demanda nacional por fertilizantes.

Na oportunidade, Hissam afirmou que o Município tem total interesse na reativação da planta, sendo que não medirá esforços para que isso aconteça. “Tenho uma história antiga com a FAFEN. Dirigia um ônibus que trazia os trabalhadores para cá na década de 1.990. Sei da importância de fazermos com que ela volte a funcionar, seja pela quantidade de empregos criados ou pelos impostos gerados para a Prefeitura. O Município dará todo o apoio possível para que isso aconteça”, destacou.

Da mesma forma, o presidente da Câmara afirmou que é desejo dos vereadores que a FAFEN seja reativada. “Não podemos aceitar que uma indústria como essa esteja parada. Temos que nos unir e fazer o possível para que ela volte a funcionar”, pontuou.

Levantamentos preliminares dão conta de que serão utilizados algo em torno de R$ 1,2 bilhão para fazer com que a FAFEN volte a funcionar. Este é o valor necessário para modernização do parque de máquinas, testes nos equipamentos, dentre outras serviços que precisam ser executados para voltar a “liga-la”.

Essa etapa de preparação para que a FAFEN seja reativada deve durar cerca de um ano e meio, podendo gerar algo em torno de 2.500 empregos diretos no auge das obras. Depois de religada, ela geraria 1.000 empregos diretos e outros milhares de indiretos.

Manifesto e visita a Brasília

Dentre as ações que Prefeitura e Câmara pretendem fazer para sensibilizar Petrobras e Governo Federal pela reabertura da FAFEN está um manifesto a ser encaminhado aos ministérios de Minas e Energia, Casa Civil e Desenvolvimento. “Vamos fazer isso o quanto antes e se for necessário vamos a Brasília entregar em mãos esse pedido”, pontuou Hissam.

Produção

Antes de ser fechada, em 2020, a FAFEN era responsável pela produção de 30% da ureia e amônia consumidas no Brasil e de 65% do Agente Redutor Líquido Automotivo (ARLA 32), aditivo para veículos de grande porte que atua na redução de emissões atmosféricas.

Até o Governo passado, a FAFEN havia sido incluída no programa de desinvestimentos da Petrobras, sendo que sua venda chegou a ser negociada com a empresa norueguesa Yara. As tratativas, porém, foram encerradas, sem sucesso, em novembro do ano passada.

Neste ano, com a troca de governo, a venda da FAFEN deixou de ser cogitada pela Petrobras e um grupo de trabalho foi criado pela estatal para discutir a reabertura da unidade araucariense. Porém, até o momento, não há prazos para que isso aconteça.

Foto: Waldiclei Barboza.

Edição n. 1374