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Homem que matou a própria esposa a facadas segue solto

Homem que matou a própria esposa a facadas segue solto

A Delegacia de Polícia Civil de Araucária ainda não encontrou Israel de Souza dos Santos, que matou a facadas a companheira Izabel Spies, 42 anos, na manhã de segunda-feira, 13 de novembro. O crime aconteceu na rua Itararé, esquina com a rua Antônio Cantador, no Jardim Primavera, bairro Iguaçu.

Conforme o apurado até o momento, por volta das 6h daquela manhã de segunda-feira o casal começou a discutir, ainda dentro de casa, durante o desentendimento, o marido pegou uma faca e desferiu vários golpes contra a companheira. Essas primeiras punhaladas teriam sido presenciadas pelos filhos do casal.

Na tentativa de escapar da fúria monstruosa de seu algoz, Izabel saiu correndo pela rua pedindo socorro. Seus gritos foram muitos, mas vãos. Isto porque ela foi alcançada rapidamente por Israel, que ensandecido terminou de matá-la na esquina da casa onde residiam. Os últimos golpes desferidos pelo monstro teriam sido presenciados por vizinhos, que pouco puderam fazer. Após tirar a vida da mãe de seus dois filhos, o assassino subiu em uma moto e fugiu em rumo ignorado. Até o fechamento desta edição, a Polícia ainda não o tinha localizado, mas sabe-se que um advogado contratado por ele estaria em tratativas com a Delegacia local para que ele se apresentasse voluntariamente.

Ameaças anteriores

Logo após o crime um dos irmãos de Izabel relatou à imprensa que Izabel e Israel viviam um relacionamento conturbado e que as discussões entre eles eram frequentes. Contou, inclusive, que em certa ocasião o cunhado já teria colocado um revólver na boca da vítima para ameaçá-la. Ainda de acordo com esse familiar, a irmã estava casada com Israel há 18 anos e eles tinham dois filhos, um de 13 e outro de 17 anos, confirmando que ambos estavam na casa no momento do crime.

Vizinhos também relataram à polícia terem ouvido várias brigas do casal e alguns afirmaram que o marido costumava ser bastante agressivo com a companheira. Também contaram que Izabel era uma mulher trabalhadora e batalhadora. “Todo mundo a conhecia aqui no bairro, ela estava se formando em enfermagem, era uma pessoa muito querida”, contou uma vizinha.

O delegado titular da Delegacia da Mulher de Araucária, Eduardo Kruger, que está a cargo das investigações desse caso de feminicídio, disse que entre as testemunhas ouvidas está o filho mais velho de Izabel. “De acordo com os depoimentos, o casal teve uma discussão e em certo momento o marido pegou uma faca na cozinha e passou a desferir golpes contra a vítima, que conseguiu gritar por socorro. Ela saiu correndo pela rua, ele a perseguiu e a alcançou. Na frente dos vizinhos, continuou a esfaqueá-la”, conta o delegado, complementando que o crime teria sido motivado por ciúmes.

Edição n.º 1389

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