Conforme informações colhidas, Jhoninho matou Pamela por conta de uma simples discussão banal
Foi condenado a anos de prisão
Jonathan Lhano Simões, conhecido Jhoninho, acusado de matar Pamela s Mara Derbli, na época com 15 anos, no dia 19 de abril de 2009, foi julgado nessa segunda-feira, 07 de outubro, e condenado a 16 anos e 10 meses de prisão. O corpo da adolescente foi encontrado em um matagal à beira da Estrada de Roça Velha, próximo a ponte sobre o Rio Passaúna, no Jardim Califórnia, a Polícia Civil trabalhou firme no caso.
O pedido do pai da vítima, João Carlos Derbli, com quem conversamos durante o julgmento, foi atendido em partes: “Eu fui o pai e mãe dela, quando tudo aconteceu ela tinha 15 anos. Tenho esperança que ele pegue 30 anos de prisão, tempo para ele refletir sobre o que fez. Eu perdi meu pai, minha mãe, minha esposa se matou se jogando do prédio e depois perdi minha filha por uma bobagem, eles discutiram e ele cortou o pescoço dela. Por que tanta violência? Eu nem dava celular para ela para não correr risco de qualquer coisa. Ela era uma menina muito boa, mas estava na companhia de outra amiga errada, até a mãe dessa amiga dizia que ela não era boa companhia, mas a Pamela era muito inocente, eu só quero que a justiça seja feita”.
Opinião do Recalcatti
Recaltti, delegado em Araucária na época que o crime aconteceu, que se dedicou com fervor para a prisão de Jhoninho, ficou satisfeito com a condenação do rapaz: “Só por ele ser preso é sinal que o Minitério Público reconhece o trabalho da polícia. Acredito que o juiz aplicou a pena de acordo com que os jurados indicaram e a aplicabilidade da lei”, afirma.
Crime
Conforme matéria publicada no O Popular sobre o crime, no dia, uma moradora do jardim Califórnia encontrou o corpo de uma adolescente caída as margens da estrada do roça Velha, próximo a Ponte do rio Passaúna. A PM encontrou Pamela com ferimentos no rosto que a deixaram desfigurada e dificultaram a identificação imediata. A estudante foi encontrada vestida com roupas de outra pessoa, sem peças íntimas e com o zíper da calça aberto. Conforme afirmou o perito do Instituto de Criminalística, os detalhes indicavam que ela podia ter sido violentada, ela também possuía marcas nos braços que indicavam que tinha sido amarrada. Pamela foi executada com sete tiros: três no rosto e os demais no braço esquerdo e mão direita. Como não havia sangue do lado da vítima, o perito acreditou que o local tinha sido usado somente para desova do corpo.
Prisão
Policiais do Núcleo da Região Metropolitana da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc) prenderam Jhonathan Lhano Simões, o Jhoninho, 20 anos, no dia 7 de agosto de 2009. Os investigadores descobriram a autoria e o local onde o crime aconteceu (uma residência na Rua Wandor Wallace Fialla, no Jardim Plínio) e dez dias depois, a Polícia Civil – com apoio do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), da Denarc e da Guarda Municipal – deflagrou a operação Redemata, como foi denominada. A ação cumpriu o mandado de prisão de um dos suspeitos de participação no crime – Ricardo Nunes de Paula, o Macaco, 20 anos – e outros cinco mandados de busca e apreensão.
Cinco carros foram recolhidos ao pátio da Delegacia e 17 pessoas foram levadas para prestar esclarecimentos. Entre os veículos apreendidos, a perícia do Instituto de Criminalística identificou o Gol, placas CEN 0510, de Itaperuçu (PR), como o usado para transportar a jovem, já morta, até o Califórnia. Após a operação, a DP, em parceria com a Denarc, continuou investigando Jhoninho. No dia 07 de agosto de 2009 de manhã, após receber denúncias de que o bando dele estaria se preparando para efetuar um grande roubo, policiais da Divisão passaram a monitorar os suspeitos. E por volta das 9h, eles localizaram Jhoninho e Paulo Ricardo José Rodrigues Pires, 22, o Paulista, com o Clio, placas AOD 3112, no Campo Comprido.
Na abordagem, os dois aceleraram o carro e reagiram. Na troca de tiros com os policiais, Jhoninho acabou atingido de raspão na cabeça e parou o veículo. Mesmo assim, ele tentou fugir e foi baleado também nas costas e no pé. Como usava colete à prova de balas, teve apenas ferimentos leves. Paulista escapou, mas foi pego nas imediações, por policiais militares das Rondas Ostensivas de Natureza Especial (Rone). Com a dupla, os policiais encontraram duas pistolas calibre 9 milímetros e uma ponto 40. Na época, Recalcatti já desconfiava que uma dessas armas podia ter sido usada no assassinato de Pamela.