Augumas lixeiras não têm capacidade para suportar tantas sacolas de lixo
Há algumas décadas o lixo era constituído basicamente por materiais orgânicos de fácil decomposição pela natureza. Mas com a mudança nos hábitos, o aumento de produtos industrializados e o surgimento das embalagens descartáveis, a composição do lixo mudou.
Hoje, em vez de restos de alimentos, as lixeiras transbordam de embalagens plásticas, papeis e vidro. Mas o problema não é, propriamente, a característica do lixo produzido, mas a grande quantidade que alguns moradores produzem, muito mais do que as suas lixeiras são capazes de suportar.
Este é um problema que vem sendo vivido pelos moradores da Rua Julia Tereza Bini, esquina com a Fernando Suckow, no Centro, onde é comum ver lixeiras transbordando ou com sacolas no chão devido à falta de espaço.
“É muito lixo pra poucas lixeiras, as sacolas ficam pelo chão e os cachorros fazem a festa. Eles rasgam e espalham lixo por tudo”, disse um morador.
Outro morador chegou a questionar se existe algum padrão de lixeiras estabelecido pela Prefeitura e se os moradores que desrespeitam esta regra recebem alguma notificação. “Não é possível que uma casa tenha uma lixeira tão pequena a ponto de não poder aguentar as sacolas”, falou.
Sem padrão
Sobre o problema, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) informou que não há tamanho especificado para lixeiras, mas que no Código de Obras e Posturas do Município de Araucária (lei nº 2159/2010), no artigo nº 187, há algumas orientações para casos como este. Nele consta que o lixo deve ser acondicionado em recipientes próprios ou sacos plásticos (capacidade máxima de 100 litros), devendo ser colocado em lugar apropriado, que poderá ser indicado pelo serviço de limpeza urbana, com os cuidados necessários para que não venha a ser espalhado nas vias e logradouros públicos.
A SMMA explicou ainda que o serviço de limpeza pode recolher até 200 litros por dia de coleta, o que caracteriza um pequeno gerador de lixo.
O artigo 187 do Código de Obras e Posturas diz também que “o lixo de origem domiciliar, comercial e industrial deve ser acondicionado em recipiente separado para resíduos orgânicos e recicláveis para o serviço de coleta pública”, e ainda que “cabe aos respectivos proprietários as medidas de proteção dos recipientes contra a ação de animais ou outros agentes, enquanto depositados em frente ao domicílio”.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente lembra ainda que o morador deve colocar o lixo para fora apenas próximo ao horário de coleta. Denúncias ou reclamações podem ser informadas através do telefone 3614-7480. A secretaria envia um fiscal ao local para verificar a situação. A prioridade é sempre orientar as pessoas, mas se o problema não é resolvido o morador pode ser notificado (multa).