A proteção e o carinho dos pais são fundamentais quando a família enfrenta problemas com drogas
Seu filho passa a apresentar um comportamento diferente e você começa a ficar preocupada. Então você decide dar uma olhadinha nas coisas dele e encontra um pacotinho estranho, contendo uma erva de cheiro intenso. De repente, você descobre que seu filho tem maconha na mochila.
Essa pode ser a história de qualquer mãe. A droga não escolhe classe social, cor ou sexo. Todos estão sujeitos a se tornar dependentes, mesmo experimentando a droga apenas por curiosidade. Mas, qual é a atitude certa a tomar diante da situação?
Uma mãe araucariense, que preferiu não ser identificada, tomou uma atitude que a maioria das mães não teria coragem: levou o próprio filho à polícia quando encontrou droga em suas coisas. Ela é mãe de três meninos e uma menina, e há cerca de três meses, descobriu que o filho de 18 anos é usuário de maconha.
A mãe conta que sempre trabalhou fora, não tanto por necessidade, mas para que pudesse oferecer um padrão de vida melhor para os filhos. “Eu sempre procurei dar o melhor pra eles, não deixei faltar nada em casa. Conheço meus filhos demais e logo percebi que havia algo estranho com o mais velho. Fiquei o observando, até que um dia encontrei um baseado (cigarro de maconha) nas coisas dele. Não pensei duas vezes, peguei pelo braço e levei até a Companhia da Polícia Militar, junto com a droga. Foi um momento de desespero, mas se precisasse, faria tudo de novo”, relata a mãe.
Ainda de acordo com ela, o rapaz sempre foi um menino exemplar, bom filho, pratica esportes, é trabalhador e tem na família bons exemplos, de pessoas que não bebem e não fumam, o que não justificaria ele se envolver com drogas. “O amor de uma mãe pelo seu filho é diferente de qualquer outra coisa no mundo. E ter tomado esta atitude foi a maior prova de amor que eu poderia dar a ele. Meu filho foi numa boa, ficou apenas com vergonha, mas acredito que isso vai servir de lição. Creio que tenha agido certo, pois no dia que o levei à polícia, todos os policiais me parabenizaram pelo que eu estava fazendo. Quando o levei ele ainda tinha 17 anos, por isso vai responder de maneira mais branda, mas agora que ele tem 18 anos, se for preciso, entrego ele de novo. Ele precisa saber que o que está fazendo é errado e tem que arcar com as consequências”, comentou.
A mãe também disse que o filho está um pouco assustado com tudo que está acontecendo e que achou que ela não teria coragem de entregá-lo à polícia. “Agora eu acredito que ele tenha ficado com medo e vai pensar duas vezes antes de cair no erro novamente. Meu marido esteve do meu lado em todos os momentos e creio que tudo que está acontecendo está servindo de exemplo para os meus filhos mais novos”.
Para as mães que estão enfrentando o mesmo problema, a mãe as aconselha a fazerem o mesmo para evitar que o pior aconteça. “Não façam vistas grossas. Cuidem dos teus filhos, ensinem eles o que é certo ou errado. Conversar ajuda muito, mas às vezes por amor, também é preciso tomar atitudes mais drásticas. Eu, particularmente, prefiro visitar meu filho na cadeia do que ter que ir buscá-lo na valeta”.
