Neste mês das mulheres trabalhadoras, o SISMMAR tem reforçado a luta feminina e organizado mobilizações para destacar a importância da igualdade de gênero e a defesa da aposentadoria das mulheres. Afinal, sem a participação das mulheres, a luta fica pela metade!
Na última sexta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, o Sindicato, em ação conjunta com o SIFAR, realizou uma panfletagem no início da tarde em frente à fábrica da Mondelēz. O objetivo foi o de conscientizar as trabalhadoras acerca dos riscos da reforma da Previdência proposta pelo governo federal, que representa um profundo ataque principalmente para as mulheres e servidores públicos.
No fim da tarde, às 18h30, o SISMMAR, junto de outros sindicatos (SIFAR, SISMMAC e SISMUC), engrossou a Marcha 8M, em Curitiba, que teve, neste ano, a reforma da Previdência como uma de suas principais pautas, além dos importantes debates sobre feminicídio, direito das mulheres negras, LGBTQI+, mulheres sem terra, sem teto, indígenas e do campo.
Situação da mulher no Brasil
O Brasil ainda é um país extremamente machista e desigual, além de ser o quinto país mais perigoso do planeta para as mulheres e o que mais mata mulheres transexuais em todo o mundo. Quando o assunto é o mercado de trabalho, mesmo ocupando as mesmas funções e cargos que os homens, elas ainda ganham 53% menos.
Para piorar, o atual Presidente se elegeu a partir de uma campanha evidentemente misógina. Bolsonaro, inclusive, responde na justiça pela vez em que afirmou que Maria do Rosário “merecia ser estuprada”, além de ter dito que sua filha mais nova foi fruto de uma “fraquejada”, entre outras frases ofensivas à mulher tornadas públicas pelo líder do executivo.
Desde que o Presidente foi eleito, o país se vê diante de um notável aumento nos índices de feminicídio, visto que, apenas neste ano, já foram mais de 100 casos notificados. Impossível não associar a campanha machista do PSL em 2018, que estimulou o ódio às mulheres, com o aumento nos índices de feminicídio e agressão à mulher.
Já no que se refere à reforma da Previdência proposta pelo governo federal, as mulheres também são as que mais têm a perder, principalmente as mais pobres que ficarão refém de um governo que quer exigir 40 anos de contribuição para ter direito a 100% do valor da aposentadoria.
No caso das servidoras públicas, o governo federal desconsidera a jornada tripla a qual a maioria delas ainda está submetida ao igualar a idade mínima e tempo de contribuição entre homens e mulheres.
Por tudo isso, o SISMMAR acredita que a luta pelos direitos das mulheres trabalhadoras não pode parar e precisa ser fortalecida!
NENHUM DIREITO A MENOS!
Publicado na edição 1153 – 14/03/2019