Visuais incríveis e grandes atores de Hollywood não garantem sucesso no mundo cinematográfico. Prova disso, são os dois longas que estreiam nesta semana. “Maria e João – O Conto das Bruxas” e “A Viagem do Doutor Dolittle” tem quase tudo que um grande filme precisa possuir para ter sucesso, contudo, o “quase” os afunda, os tornando quase irrelevantes no contexto geral.
As histórias dos Irmãos Grimm são famosas, mas o conto “João e Maria” é extremamente popular nas telonas, por já ter recebido inúmeras adaptações. Buscando marcar seu nome na história, o diretor Oz Perkins, promete uma aventura sem igual, entretanto, fica apenas nisso.
Com uma fotografia primorosa e atuações brilhantes, a nova adaptação peca no roteiro, deixando a história pobre, sem desenvolvimento e cheia de furos. Tentando apresentar novos conceitos, mas se perdendo dentro dos mais básicos, a aventura dos dois irmãos mais famosos da cultura pop é, no mínimo, decepcionante. A promessa de uma experiência inovadora ao público, com uma atmosfera gótica e sombria e a oportunidade de se criar algo novo, acabam sendo desperdiçadas, uma vez que a narrativa fica presa a um discurso existencialista, sendo concluído de forma previsível e desinteressante.
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Há muito tempo, em um campo distante, Maria (Sophia Lillis) leva seu irmãozinho João (Sammy Leakey) a um bosque escuro, em uma busca desesperada por comida e trabalho. Quando eles encontram Holda (Alice Krige), uma misteriosa mulher que reside na floresta, os dois irmãos descobrem que nem todo conto de fadas termina bem.
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Robert Downey Jr é, sem dúvida nenhuma, um dos maiores nomes do cinema atual graças ao seu papel como Homem de Ferro, no Universo Cinematográfico Marvel. Em seu mais novo trabalho fora das armaduras, a estrela acaba por escolher um longa duvidoso, que para muitos, pode ser considerado o primeiro fracasso da nova década.
A história do doutor que consegue falar com os animais é conhecida por todos através dos filmes de Eddie Murphy, que passavam quase toda semana na “Sessão da Tarde”. Nesta releitura, que se passa há anos de distância dos filmes anteriores, Robert encara a árdua tarefa de interpretar, em uma narrativa ainda mais infantil, um novo doutor. Apesar do trabalho exemplar no que diz respeito ao CGI dos animais, o longa, segundo a crítica, é pobre, não cativando em quase nada em suas horas de exibição. Além disso, para muitos, até mesmo a atuação do astro está mal colocada no enredo, causando estranhamento em muitos expectadores.
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Doutor Dolittle (Robert Downey Jr) é um físico muito competente, ele vive e cuida de vários animais e afirma que consegue até se comunicar através de palavras com eles. A sinopse oficial ainda não foi divulgada.
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