Ministério Público deve oferecer denúncia à Justiça contra Rui nos próximos 15 dias

Agentes do GAECO prenderam Rui em sua casa, na rua Julieta Vidal Ozório
Facebook
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Email

Agentes do GAECO prenderam Rui em sua casa, na rua Julieta Vidal Ozório
Agentes do GAECO prenderam Rui em sua casa, na rua Julieta Vidal Ozório

A força tarefa composta pelos promotores de justiça de Araucária, David Kerber de Aguiar, João Carlos Negrão, Josilmar de Souza Oliveira e Thiago Artigaz Niclevicz têm quinze dias para apresentar à Justiça denúncia contra o prefeito afastado Rui Sérgio Alves de Souza (PTC), preso na terça-feira, 20 de dezembro, na operação Fim de Feira, deflagrada pelo MP de Araucária em conjunto com o GAECO.

Rui, que foi transferido ainda ontem para a Casa de Custódia de Piraquara é suspeito, juntamente com outros servidores municipais comissionados, de ter praticado os crimes de concussão e lavagem de dinheiro, em associação criminosa (exigência de dinheiro para liberar valores de contratos com a prefeitura e, até mesmo, para firmar contrato).

A prisão de Rui foi decretada na sexta-feira passada, 16 de dezembro, pelo desembargador José Carlos Dalacqua, da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR). Numa decisão de 36 páginas, o magistrado ainda decretou a prisão de Joasiel Guilherme Soares, uma espécie de preposto utilizado por Rui no contato com fornecedores da Prefeitura. Guilherme, no entanto, ainda não foi localizado e é considerado um foragido da Justiça. Esta semana teria havido a informação de que ele iria se entregar, mas até o fechamento desta edição, isto não havia acontecido.

Além de Rui e Guilherme, também foi decretado a prisão temporária de Fabio Antonio da Rocha, que até o início do mês era secretário de Finanças da cidade. Vários mandados de busca e apreensão de documentos também foram cumpridos pelos agentes do GAECO, a maioria deles nas casas de secretários municipais de Rui.

Conforme apurou nossa reportagem, ao longo desta semana os promotores de justiça de Arau­cária estão colhendo diversos depoimentos de funcionários e fornecedores da Prefeitura, sendo que já teria havido mais relatos de como agia o grupo. Muitos dos ouvidos, inclusive, procuraram o MP espontaneamente para contar a maneira como eram abordados.

Cargos em comissão

Entre os documentos que teriam sido apreendidos pelo GAECO na sede da Prefeitura haveria, inclusive, relações de cargos em comissão e os responsáveis por sua indicação. O MP também pretende investigar agora se poderia estar havendo o repasse de parte do salário desses CCs ao prefeito afastado ou outros membros do grupo.


Texto: Waldiclei Barboza / Foto: marco charneski

Compartilhar
PUBLICIDADE