Controlador (de terno), apresenta nova escala de trabalho dos motoristas da Central de Ambulância
Depois de uma série de suspeitas a respeito da real necessidade das horas extras que eram feitas por motoristas lotados na Central de Remoção de Pacientes, com alguns comentários de que elas sequer eram feitas, a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) e a Controladoria Geral do Município (CGM) implantaram no último domingo, 11 de maio, uma nova escala de trabalho para os que prestam serviço naquele setor.
De acordo com o comando da SMSA, as mudanças não impactaram na qualidade do serviço prestado à população, que continua sendo atendida normalmente; deram mais qualidade de vida aos motoristas lotados na Central, já que eles não precisarão mais trabalhar 24 horas seguidas; e ainda devem diminuir consideravelmente as despesas com horas extras.
Ainda conforme o secretário de Saúde, Cláudio Bednarczuk, a mudança na Central de Ambulância coincidiu com a reestruturação total do departamento de Urgência e Emergência, ao qual o setor estava vinculado. “Esse Departamento é o responsável por gerenciar o SAMU, o transporte sanitário (Central de Ambulâncias), os três 24 horas e o Hospital Municipal”, explicou.
Outro avanço foi a decisão de instalar a sede do Departamento de Urgência e Emergência dentro do antigo Hospital São Vicente de Paulo, num espaço anexo à própria Central de Ambulância. A diretor do setor, Eliane Macedo de Oliveira Muniz, explicou que neste primeiro momento as atenções foram voltadas a organizar a Central de Ambulâncias. “Implantamos a escala de 12×36 no domingo e a transição foi tranquila”, garantiu.
Também na coordenação do Departamento de Urgência e Emergência estão dois médicos: Pedro Henrique Almeida e Tatiana Ogata. Eles serão os responsáveis técnicos do setor. Já na coordenação da Central, sai Altevir Rodrigues, que oficialmente nunca ocupou o posto, e entra Marcio Canto. “Nunca podemos esquecer que o objetivo final do serviço é o atendimento ao usuário e é isso o que procuramos conversar com os profissionais da Central de Remoção. Até o momento, todos entenderam, mas – se por ventura – algum deles apresentar algum tipo de resistência, vamos conversar individualmente para tentar entender quais são suas queixas”, ponderou Pedro Henrique.
Ele ainda ressaltou que neste primeiro momento podem haver algumas dificuldades por conta da mudança de escala na Central. “Não podemos esquecer que a vida pessoal desses motoristas estava programada de um jeito e com a mudança da escala eles precisam de uns dias para se adequaram, seja na organização familiar para quem pega o filho na escola, quem leva ao médico e assim por diante”, enfatizou.
Controladoria
A mudança mais importante na Central de Ambulâncias e a que mais deve render frutos para os cofres públicos é adoção da escala de 12×36 ao invés de 24×72. Essa alteração foi determinada pela Controladoria Geral do Município tão logo o caso veio à tona. “Não havia cabimento, nem legalidade na escala 24×72. Por isso, determinei a mudança. Em parceria com a Secretaria de Saúde, refizemos a escala. Dividimos os motoristas do setor pela quantidade de veículos disponíveis e a escala fechou. Só serão pagas horas extras de forma eventual, quando – por ventura – um ou outro motorista acabar ultrapassando as suas doze horas de trabalho”, ensinou o controlador, Sidney Azarias Inácio.