Muita gente morre de medo, mas os faturamentos na bilheteria não enganam. Os filmes de terror são um sucesso e rendem ótimas franquias em diversos estúdios. A estreia de destaque nessa semana é “A Maldição de Chorona”, que faz parte do universo de Invocação do Mal, dirigido pelo aclamado diretor James Wan.
Filmes produzidos de forma barata, mas que arrecadam milhões nos cinemas por possuírem uma ótima qualidade técnica são raros de serem encontrados, no entanto, parece ser a especialidade de James Wan, e por essa razão passou a ser o queridinho da Warner Bros. Desde seu primeiro filme, Invocação do Mal carrega a simplicidade, mas com toques de roteiro, direção e elenco que transformam o longa em uma experiência diferenciada dentre as outras do mesmo gênero.
A Maldição da Chorona, uma lenda conhecida em diversos países e de forma diferente em cada um deles, vem para tentar mudar a impressão ruim deixada por “A Freira”, que anunciava um esgotamento criativo da sequência. Infelizmente, segundo os críticos especializados, isso não mudou, e pode ter piorado a ideia do público no geral.
Sendo pouco inventivo e apelando para os tão criticados jumpscares, o filme de Michael Chaves acaba não apresentando nada que seja inovador e muito menos assustador de forma geral. Com personagens fracos e pouco carismáticos, a trama cai no lugar comum e não convence em quase nada. As crianças, tão importantes para a narrativa, acabam sendo esquecidas, pois seus intérpretes, na maior parte do tempo, parecem não saber o que estão fazendo, e nossa suspensão com a descrença vai diminuindo gradativamente.
A Maldição da Chorona não é um filme ruim, algumas ideias dos roteiristas e diretor são inteligentes e seriam melhores adaptadas para as telas se eles tivessem tentado fugir dos clichês. Para quem não é um grande fã do gênero terá uma experiência habitual, mas provavelmente irá esquecer rapidamente da trama.
Leia a sinopse
Na Los Angeles da década de 1970, uma assistente social criando seus dois filhos sozinha depois de ser deixada viúva, começa a ver semelhanças entre um caso que está investigando e a entidade sobrenatural La Llorona. A lenda conta que, em vida, La Llorona afogou seus filhos e depois se jogou no rio, se debulhando em lágrimas. Agora ela chora eternamente, capturando outras crianças para substituir os filhos.