Que o Brasil todo está enfrentando uma grande e grave crise, todos sabemos. O povo não aguenta mais as justificativas sem cabimento vindas dos políticos. Incompetência de gestão e atos não tão aprumados para o que espera-se de governantes, agora ganharam outro nome: servidor público.
O Prefeito Olizandro parece que está achando bonito e aprovando a forma de agir do governo federal. Pois, assim como a presidente Dilma Rousseff que afirmou de forma arrogante que “não irá cair, isso é moleza”, no auge da pior crise do seu governo, e, batendo de frente com grande parte da população brasileira que desaprova sua gestão, Olizandro também resolveu enfrentar e bater de frente com os servidores públicos municipais, culpando-os pelo grande desastre que foi sua administração até o momento.
Em entrevista a Revista Ideias neste mês, Olizandro disse que o grande problema da crise em Araucária é o funcionário público, “pois qualquer empregado da iniciativa privada tem que se sujeitar a alguns limites, 95% do trabalhador brasileiro aceita a crise, aceita cortes, redução de vales para preservar o emprego, ou seja, ele se insere na crise, todos se inserem, não há como escapar dela. O servidor público não. Ele vai para rua, grita, quer o direito do mesmo jeito e às vezes até mais. E o professor é ainda pior, pois explora o fato e se vitimiza”.
E, pasmem! Não parou por aí. O Prefeito disse ainda mais! Segundo ele o funcionário público continua recebendo incentivos e afirmou que as progressões estão em dia. “O funcionário da prefeitura de Araucária que tem seis anos de serviço recebe um aumento de 25% na folha de pagamento, além, é claro, do reajuste”.
Não há nem como dizer que o Prefeito possui atitudes, digamos que, ardilosas. Pois, ardiloso é aquele que utiliza-se de esperteza e manha para conseguir o que pretende. Ardiloso é aquela pessoa sagaz, enganadora, velhaca, espertalhona. Nosso Prefeito, que de esperto parece não ter nada, prefere ir contra aqueles são os verdadeiros responsáveis pelo andamento e desenvolvimento do Município. Comportamentos como este, que Olizandro está tendo, refletem sua vaidade e incapacidade de perceber que o servidor público pode ser seu companheiro e defensor. Passamos por uma crise em que a administração, surpreendentemente, prefere abusar da tolice e plantar, além da descrença, um sentimento de imensa repulsa por grande parte daqueles que a elegeram.
