São José foi o pai adotivo de Jesus. Uma pessoa que tinha como principal característica, a obediência a Deus, um homem justo, fiel e trabalhador. Nós sabemos muito pouco sobre o seu trabalho profissional, mas, provavelmente ele era carpinteiro, e, como operário, é tido como ‘padroeiro dos trabalhadores’. E, pela fidelidade à sua esposa, e dedicação paternal a Jesus, é considerado ‘padroeiro das famílias’. Seu nome está estampado em muitas igrejas, que dedicam a ele lugar de honra. Muitos seminários também levam o seu nome, e o tem como seu padroeiro. Um homem simples, humilde, silencioso, mas, com toda a certeza, teve um papel decisivo na educação de Jesus.
Ser pai é uma grande graça, uma benção, algo que num primeiro momento é quase que indescritível. Pegar no colo uma criatura indefesa, frágil, e dizer: ‘esse é meu filho’, mexe com os seus brios e o realiza plenamente como ser humano. Mais tarde, quando ouve as primeiras palavras do seu filho, é realmente gratificante ouvir: ‘pai’. É uma realização humana que não tem explicação, pois, aquele filho, é um pedaço de si mesmo. Sua missão é insubstituível, pois, ninguém sabe como ele o quanto é fundamental a sua presença terna e segura. Ternura e firmeza é o equilíbrio necessário para que o filho possa crescer de modo saudável e seguro. Quando falta a ternura, pode sobrar dureza e autoritarismo; quando falta firmeza, existe o perigo de ter muita superproteção.
A figura do pai é marcante e decisiva para que o filho possa enfrentar as adversidades da vida. A sua voz firme e forte, aponta o caminho e a direção a ser seguida. Um pai disse a seu filho: ‘Cuidado por onde andas’ e o filho respondeu: ‘Cuidado você, não se esqueça que sigo os seus passos’. Esta resposta mostra claramente que o filho observa como age o seu pai e vê nele um modelo a ser seguido. Será que todos os pais tem consciência do quanto são importantes e decisivos na educação de seus filhos? Muitos, infelizmente, não são exemplos a serem seguidos a tal ponto que muitos filhos dizem: ‘olho para o pai, para fazer exatamente o contrário do que ele faz’.
Neste dia dedicado aos pais, vem em minha mente a imagem do meu pai, que partiu deste mundo em 2003. Ele foi decisivo na minha vida e, até hoje, carrego uma série de ensinamentos que dele recebi. Era um homem firme, por vezes duro e enérgico, mas, totalmente dedicado em prol da educação dos seus filhos. Sua vida toda esteve em função do bem estar dos filhos, privando-se de seus gostos e desejos pessoais. Em casa a vida era difícil, pois, sustentar dez filhos, foi uma tarefa extenuante e árdua. No entanto, nunca faltou o essencial e, sobretudo, ele teve como principal objetivo de vida, dar estudos a cada um dos filhos. Um homem sério, muito honesto e trabalhador. Sua vida se resumiu em trabalhar e dar sustento à família. Hoje, posso dizer, com tranquilidade: tenho muito orgulho do pai que eu tive. A ele, onde estiver, minha eterna e singela gratidão.
E você, que ainda tem seu pai vivo, não perca a oportunidade de estar com ele, lhe dar um abraço, como gratidão. Talvez seu pai não seja o melhor pai do mundo, mas, mesmo assim, a ele, todo reconhecimento. E você pai, neste seu dia, renove o compromisso de ser uma presença firme e terna na vida de seu filho. Renove sua missão de ser uma luz, a apontar com segurança a direção a seguir. Sua voz firme e forte, terna e carinhosa, faz toda a diferença para o desenvolvimento equilibrado de seu filho. Parabéns a todos os pais. Vida longa. Felicidades.
Publicado na edição 1273 – 05/08/2021
