O Paraná reduziu a taxa de homicídios em 31% entre 2012 e 2022, passando de 32,3 para 22,3 homicídios por 100 mil habitantes, conforme dados do Atlas da Violência 2024, divulgado nesta terça-feira (18) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Esse resultado coloca o Paraná à frente de Santa Catarina (27,8%) e Rio Grande do Sul (21,2%) e supera a média nacional de redução, que foi de 24,9%.
O número absoluto de homicídios no Paraná também caiu 25,5% no período, de 3 489 em 2012 para 2 600 em 2022, apesar do crescimento populacional no estado.
Entre jovens de 15 a 29 anos, a taxa de homicídios caiu de 67,1 para 41,7 por 100 mil habitantes, uma redução de 37,9%. O número total de homicídios de jovens diminuiu 39,2%, de 1.870 em 2012 para 1.137 em 2022.
A taxa de homicídios entre crianças de 5 a 14 anos caiu de 3,5 para 0,9 por 100 mil habitantes, uma redução de 74,3%. O número de ocorrências caiu de 58 para 14, uma queda de 75,9%.
O secretário estadual da Segurança Pública, Hudson Teixeira, atribui a queda a medidas como a aquisição de viaturas, embarcações, helicópteros, equipamentos de proteção e armamentos, além da reestruturação das carreiras policiais. “O Estado tem investido na modernização e valorização dos profissionais de segurança, refletindo nos bons índices de segurança registrados”, disse Teixeira.
Os homicídios de mulheres no Paraná caíram de 321 em 2012 para 240 em 2022, uma redução de 25,2%. A taxa por 100 mil habitantes caiu de 5,8 para 4,1, uma queda de 39,3%.
O Atlas da Violência 2024 também inclui dados do Plano Juventude Negra Viva, lançado pelo Ministério da Igualdade Racial. O Paraná tem um índice de risco relativo de homicídio de pessoas negras de 1,2, o segundo menor do país, atrás de Roraima (0,8) e abaixo da média nacional de 2,8.
O Atlas da Violência, iniciado em 2015, é uma colaboração entre o Ipea e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, sendo uma referência na análise da violência no Brasil. O relatório utiliza dados de homicídios, feminicídios, violência contra grupos vulneráveis, violência sexual, mortalidade por armas de fogo e suicídios, coletados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde e dos bancos de dados das polícias Civil e Militar dos estados.