O Conselho de Administração da Petrobras aprovou na última quinta-feira, 23 de novembro, o Plano Estratégico da companhia para o quinquênio 2024/2028. Dentre as várias ações previstas no documento está uma que interessa diretamente aos araucarienses: a reabertura da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (FAFEN).
A FAFEN está hibernada desde março de 2020, quando passou a integrar o pacote de desinvestimentos da Petrobras, sua reativação vinha sendo defendida há muito tempo, mas a pauta ganhou força quando o país voltou a ter o PT em seu comando.
O Plano Estratégico da Petrobras para o próximo quinquênio prevê investimentos na casa dos cem bilhões de dólares, o que corresponde a um crescimento de 31% quando comparado ao ciclo anterior. Uma pequena parte desse montante será utilizado na reativação da FAFEN.
O presidente da estatal, Jean Paul Prates, afirmou à imprensa que a retomada dos investimentos da Petrobras na indústria de fertilizantes será feita por etapas, sendo que a FAFEN-PR será a primeira a voltar a operar. O diretor de Processos Industriais da estatal, William França, estima que a unidade araucariense esteja funcionando no segundo semestre do ano que vem.
Em visita recente a FAFEN-PR, os técnicos responsáveis por manter a unidade segura enquanto está em hibernação disseram que levantamentos preliminares dão conta de que serão utilizados algo em torno de R$ 1,2 bilhão para fazer com que a planta volte a funcionar. Este é o valor necessário para modernização do parque de máquinas, testes nos equipamentos, dentre outras serviços que precisam ser executados para voltar a “liga-la”.
Só essa etapa de preparação para que a FAFEN seja reativada deve durar alguns meses, podendo gerar algo em torno de 2.500 empregos diretos no auge das obras. Depois de religada, ela geraria 1.000 empregos diretos e outros milhares de indiretos. A se cumprir a previsão do diretor de Processos Industriais da Petrobras, devemos ter as primeiras contratações de empresas para realizar essas manutenções na FAFEN acontecendo já a partir de janeiro.
Uma das defensoras da retomada da FAFEN, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT), afirmou que a decisão da Petrobras recoloca o país na busca pela soberania na área de fertilizantes. “É com imensa alegria e otimismo que celebramos essa vitória, fruto de um esforço conjunto e da determinação de todos que acreditaram na importância da FAFEN para o Paraná e para o Brasil. A reabertura não apenas preserva empregos, mas também impulsiona o desenvolvimento econômico do nosso estado e garante a soberania no país na área de fertilizantes, que voltará a ser produzido no Brasil”, destacou Gleisi.
Edição n.º 1391