Policiais da Delegacia de Araucária prenderam na tarde desta quarta-feira (05/10) um jovem que tentou matar um empresário por três vezes, após o mesmo ter sido absolvido do esquartejamento de sua avó. O crime bárbaro aconteceu em 2015, quando a avó do jovem, Maria Aparecida Vechia, foi esquartejada e teve seu corpo queimado. O empresário Alisson Campolim dos Santos foi preso, suspeito de ter praticado o crime com ajuda de outra pessoa. Posteriormente, o empresário foi inocentado.
Após isso, o neto de Maria jurou Alisson de morte e, em uma noite na Rodovia do Xisto, disparou diversas vezes contra o veículo do empresário, atingindo-o no braço e ombro. Alisson foi socorrido a tempo e não morreu. Na segunda tentativa, o jovem foi até a casa do empresário em Contenda e disparou diversas vezes contra o mesmo, deixando-o paraplégico.
Na terceira, quando o empresário saia de sua empresa, o jovem apareceu de surpresa e disparou contra o rosto de Alisson, arrancando seu olho direito. Alisson foi socorrido e sobreviveu, mas reconheceu o suspeito, junto com uma testemunha, como sendo o autor dos crimes.
Diante disso, o delegado Tiago Wladyka, responsável por duas das três investigações, representou pela prisão preventiva do jovem, e nesta quarta-feira, junto com sua equipe, conseguiu prendê-lo.
Segundo Wladyka, o jovem chegou na residência a pedido de sua mãe e foi surpreendido com o mandado de prisão. Sem oferecer qualquer resistência, acompanhou os policiais até a DP Araucária, onde deverá ser ouvido e ficará à disposição da justiça.
Relembre o crime
Maria Aparecida Vechia, que tinha 55 anos na época dos fatos, morava na rua Alagoas, no jardim Fonte Nova, bairro Iguaçu. Ela foi brutalmente assassinada e seu corpo foi deixado sobre uma cama, parcialmente esquartejado, degolado e queimado.
Quando o Corpo de Bombeiros chegou no local, sentiu forte cheiro de gás de cozinha vindo da casa de Maria Aparecida. Ao entrar na casa, perceberam que a mangueira do gás estava cortada e o colchão da cama ainda tinha algumas brasas acesas. Na ocasião, a polícia suspeitou que o assassino pretendia esquartejar a mulher, mas talvez por falta de tempo ou por não ter habilidade necessária, desistiu e decidiu atear fogo no corpo, na tentativa de não deixar vestígios da autoria.