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A tarefa de segurar o rapaz pelas mãos, quando pendurado no viaduto ele tentava se soltar, exigiu muita força e concentração da dupla. Foto: divulgação
Policiais militaras conseguem salva vida de jovem que tentava se jogar do viaduto
A tarefa de segurar o rapaz pelas mãos, quando pendurado no viaduto ele tentava se soltar, exigiu muita força e concentração da dupla. Foto: divulgação

Mais uma vez a história da Polícia Militar de Araucária foi marcada por um ato de coragem de dois policiais, que impediram um jovem de tirar a própria vida, quando este tentava se atirar do viaduto de entrada da cidade. É uma ocorrência que foge da rotina de trabalho e exige muita técnica e profissionalismo. A situação aconteceu na última segunda-feira, 14 de dezembro, quando o jovem se pendurou no viaduto da Rodovia do Xisto, e só não caiu porque o soldado Sansão Luciano Miranda Ramos e o cabo Fábio Rogério de Andrade agiram rapidamente e conseguiram segurá-lo pelas mãos até a chegada do socorro. O homem se debateu tanto, que quase levou os policiais juntos para o chão.

O soldado Sansão conta que foram momentos de extrema tensão, tanto física quanto psicológica. “Tinha nas mãos todo o peso de um rapaz suspenso no ar, e que estava determinado a soltá-las pelo desespero da vida. Isso me provocou exaustão e muitas dores nos braços. Mas a força que encontrei para me manter firme mentalmente era a de ter a vida dele em minhas mãos, literalmente”, relembra. Ele reconhece que a ajuda de populares presente no momento e o reforço da Guarda Municipal de Araucária foram de extrema importância para o sucesso da ocorrência. “Eu e meu companheiro de equipe cabo Fábio, estamos muito satisfeitos por termos conseguido salvar a vida desse homem. Em 16 anos de polícia eu nunca tinha vivido tal emoção”, pontuou.

O cabo Fábio também se sentiu realizado e aliviado com o desfecho da ocorrência. “Não foi uma tarefa fácil. Salvar a vida de alguém nessas circunstâncias, requer muito esforço. Enquanto o meu companheiro de equipe, soldado Sansão, tinha a função de sustentação do rapaz pelos braços eu o sustentava pela cintura. As condições eram péssimas, em uma grade de viaduto, sem contenção fixa para o nosso apoio e segurança. A vítima muito agitada proferia chutes, mordidas e cuspidas. Quando tudo terminou de forma positiva, ficamos felizes e com sensação de dever cumprido porque esse é o nosso dever como policiais militares, salvar vidas. Em 24 anos de polícia é por isso que eu sempre lutei”, frisou o policial.

Publicado na edição 1243 – 17/12/2020

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