Pontes Sólidas

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Se você me permite te dar um conselho para este período novo ao qual fomos obrigados a conviver seria uma única palavra: Diálogo.

Nunca fez tanto sentido essa palavra como nos dias atuais. Diálogo este muitas vezes esquecidos pelas famílias por conta da correria diária. Diálogo deixado de lado pelos profissionais pelas atribuições das profissões. Diálogo (ou melhor, monólogo) consigo mesmo, em momentos de silêncio e morosidade que muitos estão vivendo.

Nas relações educacionais, essa palavra tomou uma proporção gigantesca. Muitos pais, professores e alunos nunca precisaram conversar tanto.

Professores tiveram que inovar. Não que eles já não fizessem isso diariamente na sua prática, mas dar aula a distância nenhum professor imaginou fazer, pelo menos não este ano. Reinventaram um sistema inteiro, reavaliaram suas prioridades, competências e começaram a ensinar de uma forma nunca vista.

Diálogo com as tecnologias, com novas formas de ensinar, home office, Google Classroom, Meet, Zoom e tantos outros termos que aprendemos neste período de pandemia com que temos que dialogar.

Os laços com as famílias se estreitaram. Foi preciso dialogar mais, explicar não só para os alunos, mas também para os responsáveis como ressignificar o ensino. Uma conversa mais estreita, carinhosa e sem deixar de se preocupar com o aprendizado das crianças e adolescentes.

Famílias estão dialogando com processos educacionais que antes eram só a cargo da escola. Essa parceria causará um grande impacto com o fim deste período turbulento, a Empatia. Empatia mútua, do professor com a família e da família com o professor, cada um refletindo sobre suas responsabilidades e funções.

Sempre é dito nas reuniões escolares que a escola não se faz sem a família. Cada dia que passa essa premissa faz mais sentido, não é cobrança não, mas, sim, parceria. Parceria essa pensando em um único vencedor: seu filho, esse estudante envolvido nesse processo.

Estamos em um período turbulento. Em alguns afloram sentimentos bons e em outros, nem tanto… Acabam se comparando e ofendendo os demais desnecessariamente.

Esses sentimentos, sem sombra de dúvidas, chegam à esfera educacional. Por isso, volto ao meu conselho: Diálogo.

O diálogo é uma ponte sólida que une, relaciona e faz com que criemos mais vínculo.

Pergunte o que tem dúvidas ao seu professor.

Professor esclareça com delicadeza as dúvidas.

Não vamos criar conflitos desnecessários, pois daqui a pouco todos estarão novamente juntos no mesmo ambiente: a escola.

Todos só temos a ganhar com esse diálogo. Precisamos nos unir para enfrentarmos essa nova forma de ensinar. Nunca, em nenhum outro momento, precisou-se tanto conversar. E é com diálogo que sairemos juntos e mais fortes dessa!

Texto: Swelen Freitas Gabarron Peralta, é professora dos anos iniciais da Prefeitura Municipal de Araucária há 10 anos, hoje faz parte do Departamento de Articulação Pedagógica.

Publicado na edição 1215 – 4/06/2020

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