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Na quarta-feira, dia 06, as servidoras servidores de Araucária decidiram suspender a greve e entrar em estado de greve. Com isso, nossa mobilização entra num novo momento, de voltar aos locais de trabalho com o intuito de conversar com os colegas e a população sobre as nossas pautas.

Nós continuamos em estado de greve porque nossa luta é pelo pagamento dos nossos direitos garantidos em lei (avanços e progressões) e pela reposição salarial, assim como ocorre todos os anos com os trabalhadores através do reajuste do salário mínimo.

Além disso, nosso movimento também é por condições mínimas de trabalho. Hoje, faltam profissionais para dar conta da demanda, sendo que só na saúde precisaríamos de mais de 400 trabalhadores para atender com qualidade a população. Portanto, uma das nossas reivindicações prioritárias é também a abertura de concursos públicos para contratação de mais servidores. Também faltam materiais básicos, como papel sulfite para imprimir uma receita ou um encaminhamento para exames nas Unidades Básicas de Saúde ou estrutura física adequada nas unidades, principalmente nas escolas e CMEIs.

Ao contrário do que a Prefeitura propagou, nunca foi sugerido aumentar impostos ou cortar investimentos na saúde e educação para que a administração tivesse di­nheiro para atender nossas pautas. Sugerimos que a gestão demitisse pelo menos uma parte dos 270 cargos comissionados que consomem mais de R$1,4mi por mês do orçamento da cidade. Com esse alto valor, vários outros investimentos poderiam ser feitos em Araucária.

O valor gasto mensalmente com cargos comissionados poderia ser utilizado para construir um CMEI ou uma unidade básica por mês. Também seria possível l contratar mais 1100 atendentes infantis ou 1000 professores para as nossas crianças. Ou mais 850 técnicos em enfermagem ou 250 médicos. Você acha certo um di­nheiro que poderia estar melhorando a vida da população ser usado para bancar apadrinhados políticos?

Agora, após essa primeira mesa, voltamos ao trabalho em respeito à população araucariense e os acordos feitos durante a mesa de negociação. Mas, no dia 18 de maio, data da próxima negociação, vamos para­lisar as atividades por um dia e nos reunir em frente à Prefeitura, para analisarmos qual será o posicionamento do Prefeito e a sua resposta diante das nossas reivindicações.

É importante lembrar que o prefeito Olizandro Ferreira foi eleito para nos representar e para atuar de forma que todo o município cresça e não apenas uma pequena parte de apadrinhados políticos se beneficiem.

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