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Sinais

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Muitas vezes na vida acabamos por nos encontrar em extremas dificuldades. O sofrimento é tanto que, em meio a agonia, nos perguntamos: por que ninguém me avisou? Talvez tenha sido avisado sim.

O mundo é cheio de sinais. Alguns mais explícitos, outros mais sutis, mas sempre há sinais. O problema é que algumas pessoas acham que precisam ser tuteladas. Recentemente, um youtuber divulgou uma imagem onde havia uma advertência, que começou a surgir na tampa dos radiadores dos carros: “não beba”. Quem em sã consciência iria beber o líquido de um radiador? Mas, sim! É preciso colocar isso porque é possível que alguém beba e depois diga que a culpa é da fábrica que não colocou a advertência ali.

Podemos ver essa mentalidade da tutela dos indivíduos no trânsito. Há pessoas que acham que o poder público tem que tornar impossível que acidentes aconteçam. Podemos observar que, de certa forma, os condutores se comportam como se precisassem de tutela, como uma criança que não tem noção de perigo, não tem experiência, é irresponsável. Há alguns tipos de cidadãos que realmente necessitam de tutela. Mas aquele que fez o curso na auto escola e é licenciado presume-se que seja responsável e que saiba interpretar e obedecer os sinais de trânsito. Muitos acidentes têm acontecido nesta cidade, mas há quem diga que, apesar de haver sinalização suficiente, o estado deveria fazer mais, talvez estejam pensando em tutela. Seria bom, sim, um fiscal para cada condutor, lombadas em cada esquina, só que o custo disso, tanto para o estado como para o cidadão, é muito alto, chegando a ser proibitivo. Cabe então a cada um ter consciência e cuidar de si e dos outros.

Cuidar dos outros é também denunciar quem tem conduta irresponsável no trânsito. Um acidente não acontece na primeira vez que a pessoa viola as normas, acontece quando várias pessoas violam várias vezes as leis de trânsito. Depois do acontecido é costume achar um culpado abstrato. O estado é o ideal nesses casos, mas esquecemos que todos nós conhecemos pessoas que bebem e saem fazendo rachas por aí e alguns até acham bonito, natural da juventude rebelde. Deixe de ser conivente, denuncie. O estado não pode estar em todas as esquinas da cidade, mas o racheiro não pode continuar impune. Não caia na conversa de que isso pode acontecer com qualquer um. Acontece com quem é irresponsável.

Boa leitura!

Publicado na edição 1252 – 11/03/2021