Assim era o antigo Centro de Araucária/PR. pelo menos até parte dos anos 2000. Certo que nem todo cenário permaneceu desta forma ainda no século XX, mas grande parte destas construções antigas que fizeram parte do início de nossa cidade, já havia passado por mudanças e reformas até que atualmente entre todas essas que aparecem de forma visível e em primeiro plano apenas uma delas ainda permanece: a casa do saudoso Dr. Amur Ferreira.

Nos anos 60 uma foto como essa era feita de lugar elevado, e essa foi feita na torre da Igreja Matriz Nossa Senhora dos Remédios e em frente está a Praça Dr. Vicente Machado, com poucas árvores, do outro lado na esquina onde foi a Ehlkefarma em 1960 foi a segunda instalação da Agência do Banestado, ao lado a casa em madeira foi está o antigo Bar do Plickt (não existe mais), ao lado o terreno vazio viria a ser construída a terceira instalação do Banestado, desta feita seria Sede própria.

À esquerda estão a antiga Sede da Prefeitura Municipal que foi demolido na década de 80, em seguida está a residência do saudoso Dr. Amur Ferreira (conservada e mantida pelo seu filho Dr. Cid Ferreira e sua esposa Rosane Ferreira), do outro lado o grande casarão ficou mais conhecido pelos seus últimos estabelecimentos comerciais: o primeiro era a Casa das Sementes de Elias Stainczak (in memoriam) depois a Loja Casa Samira do Sr. Hassan Traya (in memorian) que demolida para dar lugar ao Edifício Julio Grabowski, assim como as casas seguintes também deixaram de existir, mas ao longe ainda temos alguma antigas construções que tão bem conhecemos como os galpões da já desativada Fábrica de Tecidos de Linho São Patrício, o Grupo Escolar “Dias da Rocha” e notem um galpão em frente a essas construções, onde foi a primeira Garagem da Empresa Araucária de Transportes Coletivos que já deixou de existir há anos.

Tantas casas já não existem mais, assim como esse cenário tranquilo e pacato. Acredito que essa foto tenha sido tirada num final de semana, pois somente o Bar do Plickt está de portas abertas. Não há movimento nas ruas e nem na praça, essa tranquilidade que por tantas décadas havia em tantas áreas de Araucária, também já não existe mais.

Essa foto mostra realmente uma parte saudosista para aqueles que viveram nesta época, saudades das antigas construções e de seus moradores, saudades de uma vida mais simples e mais segura, saudades de uma paz que há tempos já se foi, afinal é o preço que se paga pelo progresso, e ele é necessário e obrigatório em todas as cidades.

Texto e foto de responsabilidade de TEREZINHA DE SOUZA POLY – Administradora da Página Araucária uma Cidade uma Saudade do Facebook.

Edição n.º 1458.