Vacina para gestantes e puérperas é segura e imprescindível, garante obstetra

Foto: divulgação
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Vacina para gestantes e puérperas é segura e imprescindível, garante obstetra
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As mortes entre gestantes e puérperas (mulheres no período pós-parto) provocadas pela Covid 19 continuam em níveis extremamente elevados. Segundo dados do Observatório Covid-19 Fiocruz, o Brasil concentra o maior número de óbitos nesse grupo e uma assustadora taxa de letalidade de 7,2%, ou seja, mais que o dobro da atual taxa de letalidade do país, que é de 2,8%. Em maio deste ano, após a inclusão de gestantes e puérperas entre os grupos prioritários de vacinação, o que se esperava era uma queda no número de mortes, o que não ocorreu.

Muitas mulheres deste grupo, por apresentarem dúvidas e medo em torno da segurança da imunização, acabam não tomando a vacina. Um balanço feito pela Secretaria Municipal de Saúde confirma essa estatística, ao apontar que dentro de uma população estimada de 1975 gestantes e puérperas existente no Município, apenas 646 tomaram a primeira dose e somente 33 receberam a segunda dose da vacina contra a Covid 19.

O ginecologista e obstetra do Hospital Municipal de Araucária, Dr. Claudio Bednarczuk, lembra que a gestação, por si só, já é um estado onde a imunidade da mulher diminui, chamado de imunodepressão, então elas estão mais suscetíveis a infecções e doenças. “Não dá pra esquecer que a Covid mata e as gestantes são do grupo de risco, principalmente aquelas que têm comorbidades. O risco de as mulheres grávidas contraírem uma complicação maior pela Covid-19 é grande, e em muitos casos a doença tem levado gestantes ao óbito”, esclareceu. Ele citou que no último mês de maio, Araucária registrou duas mortes de gestantes, uma de 20 e outra de 23 anos, que não tinham tomado a vacina, e não tinham comorbidades, estavam apenas um pouco acima do peso. “Elas estavam entre o 5º e 6º mês de gestação, e o mais triste é que os bebês também não resistiram”, lamentou.

Segurança

O ginecologista reforçou ainda que a vacina é segura e considerada a principal arma contra o vírus, principalmente entre mulheres grávidas e puérperas. “A vacina que está sendo aplicada em Araucária é a da Coronavac, que utiliza o vírus morto, então ela não tem perigo de dar reações, como tromboses e outras. A única vacina que foi proibida para gestantes foi a da Astrazeneca. As permitidas são a Coronavac e a Pfizer, ambas com duas doses. Em termos de efeitos colaterais, as vacinas podem provocar, nas primeiras 24h, um pouco de dor de cabeça, dor muscular, como se fosse uma gripe em estágio inicial. Isso é normal e não tem problema nenhum, ninguém vai ter a doença, porque o vírus é morto, não é nem o vírus atenuado. Também podem ocorrer um pouco de dor de garganta, mal-estar, dor no corpo, dor muscular, como se fosse resfriado, apenas isso”, explica o médico.

Ele salientou que a vacinação para as mulheres grávidas não precisa de agendamento, e ocorre das 9h às 16h, no Teatro da Praça. É necessário apenas levar documento com foto, carteira de gestante, e a carteira de vacinação, se tiver. “Não esqueça, a Covid mata! Perdemos duas jovens mães na nossa cidade e isso é uma tristeza muito grande”, alertou.

Texto: Maurenn Bernardo

Publicado na edição 1268 – 01/07/2021

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