A mediunidade tem sido estudada há muito tempo pela ciência, que busca compreender se aquilo que chamamos de “sobrenatural” ou “paranormal” pode ser validado por métodos científicos. Um dos focos dessas pesquisas está na afirmação de médiuns que dizem ter contato real com o “além” ou com espíritos. A ciência, por sua vez, tenta medir a realidade dessas alegações. Surpreendentemente, estudos recentes revelaram mistérios sobre a glândula pineal. Você sabia que tem em seu cérebro uma glândula que pode facilitar sua conexão com o mundo espiritual?
Biologicamente, a glândula pineal tem funções específicas na regulação do corpo humano e, a princípio, nenhuma ligação direta com fenômenos espirituais. Localizada entre os dois hemisférios do cérebro, ela é responsável pela regulação do sono e dos ritmos corporais, além de produzir substâncias como a dimetiltriptamina (DMT), que influencia estados alterados de consciência. Essa substância está frequentemente associada a experiências místicas e espirituais.
Um estudo recente da Universidade de São Paulo (USP) analisou a glândula pineal em médiuns. Coordenado pelo professor Wagner Farid Gattaz, do Instituto de Psiquiatria da USP, o estudo comparou 54 médiuns reconhecidos por suas habilidades psíquicas com 53 parentes sanguíneos sem as mesmas capacidades. Os resultados mostraram mutações genéticas relacionadas ao sistema imunológico, inflamatório e à glândula pineal apenas nos médiuns, além de uma diferença genética entre irmãos gêmeos, onde um se identificava como médium e o outro não. O estudo não confirma eventos paranormais, mas aponta para a possibilidade de uma predisposição biológica que permite a esses indivíduos interpretar a realidade de forma mais sutil e peculiar. (Fonte: ipqhc.org.br – Instituto de Psiquiatria da USP).
Crenças espirituais como o hinduísmo, que surgiu em torno de quatro mil anos antes de Cristo, e o taoísmo, religião chinesa com registros de pelo menos seiscentos anos antes de Cristo, já mencionavam a glândula pineal, ainda que não com esse nome. Para os hindus, ela está associada ao ajna chakra, ou “terceiro olho”, responsável pela visão espiritual e pela intuição. Já na crença chinesa, a pineal está ligada ao conceito de shen, a consciência superior.
Na Umbanda e em outras religiões afro-brasileiras, a glândula pineal se relaciona com o chakra coronário, localizado na cabeça. Por isso, há a recomendação de que apenas líderes espirituais, como mães e pais de santo, tenham permissão para tocar fisicamente na “coroa” de seus filhos de santo, em respeito à espiritualidade e ao orixá presente ali. Em alguns momentos, os filhos de santo devem cobrir a cabeça com um pano ou chapéu, como o ojá (turbante para mulheres) e o eketé (chapéu para homens), a depender da tradição ou do ritual.
Na arte cristã, observa-se a representação de luz ao redor da cabeça de santos, como Maria e o próprio Cristo, simbolizando a conexão divina. Esse brilho, retratado como um halo luminoso, pode ser interpretado como um reflexo da energia espiritual. Na Bíblia, há passagens, como em Coríntios, que mencionam a necessidade de cobrir a cabeça por conta do “poderio dos anjos”. O cristianismo também possui tradições litúrgicas em que panos e chapéus sagrados são usados sobre a cabeça para simbolizar a recepção do Espírito Santo.
Talvez você não soubesse que, dentro de sua cabeça, há uma glândula que pode servir como um canal para expandir sua evolução espiritual. Essa expansão não precisa ser necessariamente religiosa, mas pode ocorrer de forma intelectual ou criativa. De fato, a pineal pode ser uma ponte para um universo de infinitas possibilidades. Desejo uma semana de luz na consciência. Para acompanhamento espiritual e consultas de tarot, basta me chamar pelo contato 41 998612815 e me seguir nas redes sociais (Instagram e TikTok) @tarodafortuna.
Edição n.º 1454.