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Em comunicado ao mercado feito na segunda-feira, 27 de junho, a Petrobras informou que reiniciou o processo de venda da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), instalada em Araucária e responsável por mais de 60% dos impostos que abastecem os cofres municipais atualmente.

Além da Repar, outras duas refinarias integram o pacote de desinvestimento em refino da estatal: a Refinaria Abreu e Lima (RNEST), em Pernambuco e a Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP), no Rio Grande do Sul.

A venda da Repar já havia sido tentada pela Petrobras no ano passado, porém, em outubro de 2021, a empresa informou a suspensão do processo. Como parte das etapas do plano de desinvestimento em refino, a estatal divulgou os teasers com as principais informações de cada uma das unidades que pretende vender. As próximas etapas desse processo ainda não foram divulgadas.

Ainda conforme o anúncio feito ao mercado, a intenção da Petrobras é se desfazer de aproximadamente 50% de sua capacidade de refino nacional, totalizando 1,1 milhão de barris por dia de petróleo processado. Para alcançar esse objetivo são considerados a venda integral da Repar, da Refinaria Abreu e Lima (RNEST), da Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), da Refinaria Gabriel Passos (REGAP), da Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP), da Refinaria Isaac Sabbá (REMAN) e da Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (LUBNOR), bem como os ativos logísticos integrados a essas unidades.

Destas refinarias todas, por enquanto, a Petrobras só conseguiu concluir a venda da RLAM, REMAM, LUBNOR e SIX.

No teaser sobre a Repar, a Petrobras informa que contratou o Citigroup para atuar como seu assessor financeiro no processo de venda da refinaria, sendo que potenciais compradores terão que assinar até 29 de julho de 2022 a documentação necessária para ter acesso ao chamado o Confidential Information Memorandum (CIM), que traz informações confidenciais sobre a refinaria araucariense.

Ainda de acordo com o teaser, as empresas interessadas na compra precisam ter obtido receita bruta superior a US$ 3 bilhões em 2021, isto se pertencerem ao setor de óleo e gás. Se os investidores forem ligados a outros setores é preciso possuir ativos sob sua gestão da ordem de US$ 1 bilhão.

A Petrobras informou ainda que, além da refinaria propriamente dita, os interessados em ficar com a Repar levam toda uma logística integrada, que é composta por 476 quilômetros de oleodutos e cinco terminais. Entre os pontos fortes para quem adquirir a refinaria estão, segundo o teaser, “amplo mercado interno, abundância de recursos naturais e estruturas financeiras e jurídicas bem desenvolvidas colocam o Brasil como um dos melhores destinos de investimentos na indústria de óleo e gás global”. Outro destaque é a proximidade entre campos produtores de petróleo na costa brasileira e o grande e atrativo mercado interno brasileiro para derivados de petróleo, já que o Brasil é o 8º maior consumidor de derivados petrolíferos do mundo.

Nas informações sobre a Repar, a empresa informa ainda que a refinaria atende principalmente aos mercados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Mato Grosso do Sul, sendo responsável por cerca de 12% da produção doméstica de derivados de petróleo.

Na Repar são produzidos diesel, gasolina, GLP, coque, asfalto, óleo

combustível, combustível de aviação, propileno e óleos marítimos

Texto: Maurenn Bernardo

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