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Sanepar volta a dar explicações à CPI
Moradora do Campina das Pedras relatou problemas que a comunidade vem tendo com a Sanepar

Os vereadores que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura eventuais irregularidades praticadas pela Sanepar em Araucária voltaram a ouvir técnicos da companhia na manhã da última quinta-feira, 7 de novembro.

A audiência aconteceu no plenário da Câmara e serviu para que a Sanepar apresentasse dados mais detalhados do quanto arrecada da população de Araucária com a cobrança de água e coleta de esgoto. Esta era um dos principais questionamentos que a CPI vinha fazendo e até então, a companhia vinha se esquivando de mostrá-los.

Os números apresentados foram referentes ao período de 2004 até o término do primeiro semestre de 2013. Ou seja, nos últimos dez anos. Neste interstício de tempo, as receitas da companhia na cidade somaram R$ 214 milhões, sendo que seus custos e despesas ficaram na casa dos R$ 194 milhões, o que resultou num lucro de R$ 19,8 milhões.

Os técnicos da Sanepar, no entanto, frisaram que neste período, os investimentos feitos na cidade com a ampliação da rede de distribuição de água e também com a coletora de esgoto, bem como construção de estações, somaram R$ 58,9 milhões. Estes investimentos, é bom que se frise, foram feitos utilizando recursos de financiamentos. Ou seja, a companhia adiantou a grana para as obras e depois foi pagando de maneira parcelada com o dinheiro que arrecada dos consumidores, sendo que alguns dos contratos já assinados têm parcelas que só vencerão em 2032.

Reclamação
A audiência desta quinta-feira também foi marcada pela reclamação de moradores da localidade rural de Campina das Pedras, onde a Sanepar está construindo uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). Segundo Cléia Haiduk, que falou em nome daquela comunidade, está praticamente impossível conviver com a obra. Isto porque a poeira gerada pelos caminhões e carros que trafegam pela região levando os materiais necessários para construção da ETE teria atingido níveis insuportáveis. “Não podemos colocar roupa no varal, as crianças estão ficando doentes, nossas casas não ficam mais limpas. Queremos uma solução para isto”, enfatizou a moradora.

Sobre a situação, os técnicos da Sanepar disseram que a fase mais complicada da obra já passou, que foi a terraplanagem e a parte de concretagem e só isto já resultará numa diminuição considerável do nível de poeira na região. Mesmo assim, eles se comprometeram a negociar com a empreiteira responsável pelos serviços que as ruas do entorno da obra seja molhada algumas vezes ao dia.
 

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