O último domingo de janeiro é dedicado ao Dia Mundial da Luta Contra a Hanseníase. A data, que este ano cai no dia 29, foi criada para mobilizar a sociedade em torno da doença, antigamente conhecida como lepra. A dermatologista da Clínica São Vicente, Jéssica Zanella, destaca que as campanhas são necessárias, pois fazem com que a população em geral tenha acesso a informações que muitas vezes passam desapercebidas e conscientiza a todos da importância de ficar atento aos sintomas.
Segundo ela, a hanseníase é uma doença causada por uma microbactéria, que geralmente demora anos para se manifestar e apresentar sintomas. “Antigamente era conhecida como “lepra”, porém esse termo está em desuso, pois denota um preconceito que existia com relação à doença. A hanseníase é uma só, mas existem várias formas de apresentação, que variam conforme a imunidade do paciente. É transmissível de pessoa a pessoa, porém essa transmissão ocorre em contatos íntimos, geralmente de habitantes da mesma casa e pode acometer qualquer pessoa, até mesmo crianças”, explica a médica.
A dermatologista reforça que o período médio para início dos sintomas da doença após o contágio é em torno de 5 anos. A doença acomete primariamente os nervos, causando perda de sensibilidade na pele, mas evolui com manchas que podem ser claras, avermelhadas ou escurecidas. Essas manchas podem também apresentar relevo de acordo com a evolução do quadro.
“O diagnóstico é feito pelo exame clínico da pele, às vezes necessitando de biópsia e um exame específico, que pode ser coletado das orelhas, por exemplo. Importante ressaltar que a hanseníase tem cura se tratada de forma correta, no entanto, é um tratamento que dura de 6 a 12 meses. O problema é que, em casos avançados, podem ficar sequelas funcionais”, exemplifica.
Outro ponto que a dermatologista destaca é a forma de prevenção e a importância do diagnóstico precoce. “A pessoas deve procurar atendimento especializado caso apareçam manchas ou outras lesões na pele, principalmente se estiverem associadas à alteração da sensibilidade local. Caso confirmado o diagnóstico, todos que moram na mesma residência devem ser examinados”, orienta.
Ainda de acordo com a Dra. Jéssica, o Brasil é um país com alta incidência da doença. “Ainda assim, é uma doença pouco falada e com muito preconceito, mas devemos quebrar esse estigma, pois é uma doença curável e o diagnóstico precoce faz toda a diferença na vida do paciente”, conclui.
Serviço
Para agendar consultas com a dermatologista Jéssica Zanella (CRM 33.223) ou demais especialistas da Clínica São Vicente, o endereço é Rua São Vicente de Paulo, nº 250, Centro. O horário de atendimento é de segunda a sexta das 7h às 22h, aos sábados das 8h às 19h e nos domingos e feriados das 13h às 19h. Contatos pelo telefone: (41) 3552-4000 ou WhatsApp (41) 98780-1440.