Não um poema de palavras que voam,
pena que se desprende da ave
e em ziguezague com o vendaval se vai…
para em seguida tombar
e se acomodar a um canto qualquer.
Mas, poema vibrante e ardente,
jovem pássaro que se liberta de amarras
e leve voa para frente, sempre,
fixo o olhar, canção na garganta,
que sabe aonde vai e onde pousar.
Jovens, olhem!
A vida está dócil como terra sedenta!
E solicita suas razões e sentimentos,
precisa da beleza de suas palavras e gestos,
clama pelo encanto de sua arte e criação,
os sonhos dependem de sua semeadura…
Por isso, sua vida há de ser favorável à vida,
esparramar beleza entre os espinhos,
cultivar encantos entre as pedras,
lançar sonhos aos crepúsculos…
A Vida é tão bela que chega a ser um poema!
Edição n. 1358