Receber um órgão novo e ganhar uma nova oportunidade de levar uma vida normal é o principal desejo dos pacientes que aguardam na lista de espera de um transplante.
Depois de um ano e sete meses fazendo hemodiálise e 10 meses aguardando na fila, o araucariense Rômulo Cardoso, 33 anos, relata a alegria de receber uma ligação informando que havia surgido um novo rim para ele. O transplante aconteceu no dia 1º de agosto deste ano e ele ainda está se recuperando da cirurgia.
“Eu era o primeiro da fila, por isso meu novo rim chegou em apenas 10 meses. Felizmente deixei de lado a rotina sofrida das sessões de hemodiálise e nem sei como descrever a felicidade de poder levar uma vida normal”, comemora.
Ele conta que ainda criança já começou a apresentar problemas nos rins. Com apenas 5 anos de idade precisou fazer uma cirurgia por ter refluxo renal, o que acabou afetando seus rins. “Vivi uma vida normal, mas sempre acompanhando o caso e fazendo exames. Em 2020 peguei Covid duas vezes e em 2021 comecei a ter alguns sintomas do problema renal. Por ser um problema silencioso, achei que já iria passar e que não seria nada. No final de 2021, especificamente no dia 31/12, fui internado e fiquei 3 dias na UTI. Desde então comecei a fazer hemodiálise 3 vezes na semana. No começo foi uma surpresa ruim, pois é um mundo totalmente diferente, mas aos poucos fui me adaptando. Após 3 meses que eu estava na fila do transplante apareceu um rim compatível, porém decidi recusar pelo fato de doador falecido ter uma certa idade (62 anos) e problemas como diabetes e pressão alta. Então fiquei na fila de espera e não demorou muito para que um novo rim aparecesse”, relembra.
No tão esperado dia da cirurgia, Rômulo chegou ao hospital um pouco debilitado, pois havia sofrido um assalto duas semanas antes do transplante. “A cirurgia foi um pouco complicada e demorada, mas Deus me abençoou nesta caminhada e deu tudo certo. Fiz o transplante, fiquei 5 dias na UTI e logo já fui para o quarto, passando um total de 20 dias no Hospital Cajuru. Profissionais, enfermeiras e toda a equipe me trataram super bem. No dia 21/08 recebi alta e já em casa, recebendo o amor e carinho da minha esposa e do meu filho, estou me recuperando super bem. Graças a Deus tenho uma vida nova. Assim como eu, espero que outras pessoas que atualmente estão na fila do transplante consigam os órgãos que necessitam e possam acabar com seus sofrimentos e ter uma vida normal”.
Foto: Marco Charneski.
Edição n.º 1378