Córrego a céu aberto incomoda os moradores

Carteiros aproveitam o atalho para entregar as correspondências

Os moradores do Jardim Fonte Nova sofrem com o mau cheiro do córrego localizado no final da Rua Paranaguá, que está a céu aberto há muitos anos. Eles reclamam do descaso da prefeitura com o problema, pois no local existe ainda uma ponte precária que foi improvisada para a passagem de estudantes que cortam caminho para chegar à Escola Municipal Fonte Nova e de trabalhadores que pegam o atalho para ganhar tempo.

Os problemas causados pelo córrego são inúmeros. Bichos, lixo e mau cheiro são algumas das dificuldades enfrentadas por quem mora na rua. “Nossos filhos e netos convivem diariamente com isso e somos obrigados a conviver com ratos, cobras e baratas todos os dias” conta a dona de casa Alaine Bispo Ribeiro.

A vizinha Cícera dos Santos Barbosa disse que a situação está vergonhosa e quando chove fica ainda pior porque os moradores veem cocô boiando e bichos invadindo suas casas. “Cansamos de pedir para a Prefeitura que seja feita a canalização do córrego e eles vêm até aqui e não resolvem nada”, reclama Cícera.

Córrego a céu aberto incomoda os moradores

Adultos e crianças desafiam o perigo e passam pelo local diariamente

 


Segundo ela, a Prefeitura chegou a visitar o local e dar um prazo para os moradores regularizarem seus esgotos para depois canalizar o córrego. “Todo mundo regularizou as fossas e depois eles não fizeram mais nada”, disse Alaine.

Solução

Sobre o problema encontrado na Rua Paranaguá, Jardim Fonte Nova, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Araucária esclareceu, por meio de nota oficial, que está ciente da situação do córrego e da ponte que foi construída no local, mas ressalta que a ponte foi construída em Área de Preservação Permanente – APP, em descumprimento à legislação que determina a obrigatoriedade das construções obedecerem a um recuo de 30 metros a partir das margens do rio. 

A SMMA informou ainda que não possui autonomia para executar obras, reparos e quaisquer outras interferências em APPs, como é o caso do final da Rua Paranaguá, já que o Instituto Ambiental do Paraná – IAP é o órgão responsável por essa autorização. No entanto, a Secretaria informou que pretende elaborar um projeto técnico para avaliação do IAP.

Disse ainda que “está contratando uma empresa de georreferenciamento para fazer os estudos das nascentes dentro do quadro urbano do município. Isso vai contribuir para a identificação de todos os cursos hídricos e possíveis projetos ambientais nessas áreas, pensando no bem estar da população”.

Fotos: Marco Charneski