Concurso para a Guarda pode acabar em encrenca

Alunos do Exatho, com apoio do professor Milton (à direita), protocolaram recursos

O concurso para a Guarda Municipal de Araucária, realizado no domingo, dia 28 de fevereiro, pode acabar em encrenca. Isso porque muitos candidatos protocolaram recursos solicitando o cancelamento de algumas questões.

Segundo o professor e advogado Milton César da Rocha, um dos contratados pelos candidatos, a prova de 60 questões elaborada pelo Núcleo de Concursos da Universidade Federal do Paraná tinha 14 questões da área de conhecimentos específicos e legislação, com assuntos que não constavam no edital do concurso. “Elas cobraram assuntos como a Lei Maria da Penha, Estatuto do Idoso, Código de Trânsito Brasileiro e ainda duas questões com assuntos referentes ao município de Curitiba”, disse Milton. 

O prazo para o Núcleo de Concursos da Universidade Federal do Paraná se pronunciar é 18 de março. “Caso não sejam tomadas as devidas providências a Comissão de Concurso da Prefeitura Municipal de Araucária será comunicada e se nem assim der resultado, não descartamos a possibilidade de entrar com ação judicial pedindo a anulação da prova. Estamos indo pelos caminhos corretos, mas vamos brigar pelos direitos desses candidatos”, reiterou Milton, que também é professor do curso Exatho e da Facear.  

Procurado pela reportagem do Jornal o Popular do Paraná, o assessor de comunicação social da Prefeitura de Araucária, Velozo Santos, disse que qualquer responsabilidade sobre o concurso da Guarda Municipal, desde a organização até a emissão dos gabaritos, é de responsabilidade da empresa que foi contratada pelo município, neste caso o Núcleo de Concursos da Universidade Federal do Paraná. Disse ainda que os recursos de candidatos são normais em concursos e que, até o momento, os mesmos são contra a empresa organizadora. “Vamos aguardar a posição do NC-UFPR, mas a PMA só poderá ser acionada em segunda instância”, comentou. 

Sobre a elaboração do edital do concurso, Velozo disse desconhecer se ficou sob a responsabilidade da Prefeitura, mas adiantou que o normal nestas situações é que a empresa contratada execute todo o procedimento.

A reportagem do Jornal O Popular também entrou em contato por diversas vezes com o NC-UFPR, mas não conseguiu falar com a coordenadoria. 

Foto: Marco Charneski