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Há nove meses os primeiros casos de Covid-19 foram confirmados no Paraná. No último sábado, 12 de dezembro, foi a da data de fechamento deste período dos primeiros registros no Estado, quando foram divulgados seis casos. O coronavírus chegou e com ele a incerteza de qual seria a evolução da doença, se viveríamos a mesma realidade de outras partes do mundo que havíamos acompanhado como espectadores.

Os casos cresceram gradativamente e o pico teria ocorrido supostamente em agosto, com estabilidade dos casos nos meses que se seguiram. Entretanto, o relaxamente de medidas de prevenção, como o isolamento social, resultou em uma curva ascendente e preocupante. Somente em novembro e nos 11 primeiros dias de dezembro – até esta sexta-feira (11) – o número de casos é maior do que o acumulado nos primeiros cinco meses da pandemia no Estado.

Foram 98.329 diagnósticos em 41 dias, quase um terço do total (30,7%) de todo o período, que somou 320.088 diagnósticos positivos até a sexta-feira (11). Neste mesmo recorte, em relação aos óbitos, ocorreram 1.169, representando pouco mais de um sexto (17,7%) do total de 6.575 .

“O cuidado individual possibilita evitar a transmissão do vírus. O distanciamento, aliado ao uso de máscaras, dificulta o contágio com as gotículas de saliva que possam estar infectadas pelo novo coronavírus. Os números são elevados e a situação é muito séria”, enfatiza o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.

De 12 de março a 31 de julho (142 dias), o Estado registrou 83.690 diagnósticos positivos da doença e 2.113 mortes. De 1º de agosto a 11 de dezembro (133 dias), foram 236.398 testes positivos, com a ocorrência de 4.530 óbitos devido a complicações da doença.

Para o secretário da Saúde, a situação é de extrema preocupação. “Estamos num período em que tudo o que fizemos até agora é colocado em cheque. O Estado tem atuado de forma ágil para viabilizar todo o insumo e suporte aos pacientes, mas a quantidade de pessoas que estão se infectando aumentou e extrapolou a possibilidade de aumentar leitos.”

Beto Preto reforça que todos estão trabalhando com esforços no limite. “Estamos no limite de leitos, realizando o máximo de exames por dia, as equipes estão exaustas, a rotina dentro de uma UTI Covid é mentalmente desgastante e fisicamente cansativa”.

O Estado ativou 2.876 leitos exclusivos para Covid-19 no período. Destes, 1.120 de UTI adulto, 22 UTI pediátrica, 1.700 enfermaria adulto e 34 leitos de enfermaria pediátrica. Em nove meses foram mais de 20 mil internações.

O Governo do Estado publicou decretos, resoluções, notas técnicas e orientações a fim de evitar a transmissão do coronavírus. “O Paraná enfrenta o maior desafio da história. O País e todo o mundo estão na mesma situação. Precisamos que todos colaborem para que possamos dar suporte médico e hospitalar a todos que precisem. Não gostaríamos de ver em nosso território situações vividas por outros locais pela falta de leitos”, reitera Beto Preto.

PROTEÇÃO

As medidas de proteção são eficazes. O uso de máscara, o distanciamento físico (mínimo 1,5 metro) e a higienização das mãos são as três recomendações básicas. Além destas, permanecer em casa sempre que possível, buscar atendimento médico quando apresentar sintomas gripais, evitar contato com outras pessoas e não participar de aglomerações.

FISCALIZAÇÃO

Com a publicação do decreto 6.294, em 03 de dezembro, ficou proibida a circulação de pessoas em espaços e vias públicas das 23h às 5h e também a comercialização e o consumo de bebidas alcoólicas em espaços de uso público ou coletivo e estabelecimentos comerciais. O decreto restringe a realização de eventos presenciais com mais de dez pessoas. A Polícia Militar, em cooperação com as guardas municipais, é responsável pela fiscalização.

Para denunciar, qualquer cidadão pode entrar em contato pelo telefone 190, e 156 nos municípios em que há guarda municipal.

Texto: Agência de Notícias do Paraná                                                         

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