PMA inicia realocação de famílias no Jd. Arvoredo II
Seu Pedro retira móveis da casa onde morava na área de invasão…PMA inicia realocação de famílias no Jd. Arvoredo II

…e leva para a nova casa, onde não há mais perigo de enchentes

Depois de uma longa espera, finalmente na terça-feira, dia 11, a Prefeitura iniciou a realocação das famílias que moravam na ocupação 21 de Outubro e em outras invasões e agora vão ocupar as casas do loteamento Jardim Arvoredo II. Das 174 famílias que participam do projeto de reassentamento, aproximadamente 100 farão a mudança nessa primeira etapa, inclusive as 50 famílias que estão nas áreas mais afetadas no período de chuvas.

Conforme o cronograma das obras, a previsão de entrega da maioria dos lotes é para dezembro deste ano e janeiro do ano que vem. Ao receber as chaves das casas, as famílias assinam o Termo de Entrega da Unidade Habitacional e, posteriormente, assinarão um contrato com a Cohab, com as prestações a ser pagas para a aquisição das casas, cujos valores ainda não foram definidos.

Um novo lar
Pedro Soares de Lima estava todo faceiro com a nova casa e a ansiedade era tanta que fez questão de fazer a mudança antes mesmo da Prefeitura enviar o caminhão. Ele vai morar na casa com a esposa e uma filha.
“Eu mesmo estou levando minhas coisas pra nova casa. Estou emocionado, pois morei quase dois anos na invasão e perdi a conta de quantos alagamentos presenciei. Na primeira noite na nova casa, mesmo sem luz e móveis, dormi tranquilo e feliz”, comemorou.

Ana Caroline de Lima tem apenas 17 anos, casou há pouco tempo com Joelton, 20 anos, mas os dois já podem respirar aliviados porque conquistaram o sonho da casa própria. “Nos casamos e fomos morar numa casinha na invasão que meu marido comprou da tia dele, mas toda chuva forte era um drama, a gente tinha que sair correndo de casa. Quando a água baixava, a gente voltava apenas pra jogar fora as coisas que estragaram. Me mudei pra cá quase sem nada e agora quero começar uma nova vida”, disse, radiante.

Raquel Paes morou há mais de três anos na invasão e agora está toda contente com o novo endereço. Apesar de a casa nova ser bem pequena, vai abrigar seis pessoas da sua família. “Morávamos quase na beira do rio e vimos muitos alagamentos. Pra nós o mais importante é ficar livre desse problema e ter um cantinho nosso”, comentou.