Alunos usam pulseira do sexo sem saber significado
Jovens estão se divertindo com as pulseiras do sexo

À primeira vista parece apenas mais um dos modismos inocentes entre os adolescentes, mas a verdade é que as “pulseiras do sexo”, como ficaram conhecidas, já chegaram nas escolas de Araucária. São pulseirinhas de silicone finas e coloridas que estão sendo vistas nos braços da moçada.
O que muitos estudantes que estão usando o novo adereço desconhecem é que eles fazem parte de um jogo que tem uma conotação sexual. Cada cor representa um ato afetivo ou sexual, que vai desde um abraço a relações sexuais completas. Na prática, a pessoa que teve a pulseira arrebentada tem que cumprir o que diz a cor (confira no quadro). 

Esse modismo perigoso teve início na Inglaterra e é conhecido como Snap, e as pulseiras, que indicam quem está jogando, naquele país são chamadas de “shag bands” (pulseiras do sexo). 

Alunos usam pulseira do sexo sem saber significado

Inocência

Nossa reportagem, que visitou algumas escolas de Araucária e conversou com alguns jovens e adolescentes que estavam usando as tais pulseirinhas coloridas, constatou que muitos desconhecem seu significado. 

“Estou usando porque está na moda, são bonitas, coloridas e acho legal usá-las, nem sabia que elas (pulseiras) fazem parte de um jogo”, disse uma estudante.  

A colega também disse desconhecer sobre o jogo, mas se estiver fazendo parte dele vai achar interessante. “Sou uma pessoa muito tímida e estas pulseiras podem me ajudar a encontrar alguém sem precisar de muito papo”, comenta. 

Apenas um dos estudantes entrevistados disse que sabia que estava fazendo parte de um jogo, mas deixou claro que as regras são seguidas com o consentimento da pessoa. “A gente se respeita, se arrebenta a pulseira e a menina não quer cumprir o castigo, não a obrigamos”, explicou. 

Providências

A secretária municipal de Educação, Maria José Basso Dietrich, disse que não teve problemas em nenhuma escola com relação às pulseiras do sexo. “Nada foi constatado através do nosso 0800 e nem foi discutida esta questão na última reunião de professores e pedagogos realizada esta semana. Mas vamos ficar atentos e na próxima reunião passarei algumas orientações para as escolas”, disse a secretária.

Enquanto isso não acontece, para os pais que presenciarem os filhos usando as pulseiras de silicone coloridas fica a orientação: “Os pais não devem agir de forma apressada se perceberem que seus filhos compraram ou ganharam as pulseiras, pois a proibição vai causar mais curiosidade. Para muitos isso não passa de uma brincadeira e eles não entendem a conotação do ato. Os pais precisam conversar para explicar que isso pode ser um ato de desrespeito com o próprio corpo”.

 

Foto: Welington Oliveira