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Araucária ainda não tem vacina contra dengue disponível na rede pública
Foto: Gabriel Rosa/AEN.

Araucária não está na lista dos municípios que receberam doses da vacina contra a dengue. Segundo a Divisão de Vigilância Epidemiológica, a cidade não preenche os critérios epidemiológicos definidos pelo Ministério da Saúde, em conjunto com o Conass e o Conasems (órgãos representantes de secretarias de Saúde de estados e municípios), seguindo as recomendações da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e da OMS. Os critérios são os seguintes: alta transmissão de dengue nos últimos 10 anos, alta transmissão de dengue em 2023 e 2024, e maior predominância do sorotipo 2 do vírus da dengue (DENV-2).

Apesar de não ser a ferramenta principal para controlar a doença, o imunizante tem um papel importante no combate e prevenção. No entanto, não está disponível para todos no Sistema Único de Saúde (SUS), devido à baixa disponibilidade mundial do insumo. Incorporada ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) no final de 2023, a vacina Qdenga está disponível no SUS gratuitamente nos municípios que atendem aos critérios, para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações por dengue após os idosos (o imunizante não foi liberado pela Anvisa para pessoas acima de 60 anos). Segundo o Ministério da Saúde, não há previsão de ampliação da faixa etária do público-alvo.

Na rede privada (farmácias e laboratórios) é possível encontrar a vacina da dengue em Araucária, no entanto, o preço da Qdenga é “salgado”, podendo custar entre R$ 350 e R$ 500 cada dose, ou mais do que isso. Além disso, o número disponibilizado no setor privado é limitado, já que a prioridade é o SUS.

A Qdenga é aplicada em um esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações. A vacina é indicada tanto para quem já teve dengue, quanto para quem nunca foi infectado. Ela é contraindicada para quem tem alergia a algum dos componentes, quem tem o sistema imunológico comprometido ou alguma condição imunossupressora, gestantes e lactantes.

Dengue em Araucária

Conforme os boletins epidemiológicos da dengue, chikungunya e zika, divulgados semanalmente pela Secretaria de Saúde, com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), os números vem apresentando uma pequena crescente desde o começo deste ano.

No boletim de 14/01 foram confirmados 7 casos, sendo 5 importados e 2 autóctones; boletim de 21/01 teve 8 confirmados, 6 importados e 2 autóctones; boletim de 28/01 chegou-se a 11 casos confirmados, sendo 8 importados e 3 autóctones; boletim de 04/02 foram 12 confirmados, 9 importados e 3 autóctones; boletim de 10/02 teve 14 confirmados, 10 importados e 4 autóctones; e no boletim mais recente, de terça-feira (18/02), 17 confirmados, sendo 12 importados e 5 autóctones.  

Também no boletim do dia 18 foram detectados focos do mosquito Aedes aegypti (transmissor da dengue) nos bairros Thomaz Coelho e Capela Velha. Por isso, a orientação da Saúde é que os moradores redobrem os cuidados para evitar a proliferação do mosquito.

Edição n.º 1453.

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