Eleitores atrasados ficaram sem votar e terão que se explicar
Eleitora chega segundos antes do portão fechar e consegue votar

Domingo, dia 7 de outubro, 17h01. O povo que se aglomerava do lado de fora do portão de um dos maiores colégios eleitorais de Araucária gritava: “Corre que dá tempo!”. Outros até brincavam: “Deixa ele entrar fiscal, é o voto da vitória!”.

Parecia uma maratona, onde cada segundo poderia fazer uma grande diferença. O fato é que, como reza o velho ditado popular de que “brasileiro deixa tudo pra última hora”, os eleitores atrasadinhos deram com a cara no portão e perderam o direito de votar.

Foi o caso da cuidadora Vanessa dos Santos. “Cheguei alguns segundos atrasada porque estava fora da cidade. Pensei que ia dar tempo, mas infelizmente não consegui. Agora vou correr atrás de regularizar minha situação”, disse.
Outros três eleitores conseguiram passar o portão por milésimos de segundos e garantiram seu voto. “Corri tanto que cheguei a ficar sem fôlego, mas deu certo e consegui votar!”, comentou a eleitora, ainda ofegante.

O que fazer
Os eleitores que chegaram atrasados e não conseguiram votar devem se dirigir ao Cartório Eleitoral e solicitar sua regularização. Será cobrada multa arbitrada pelo Juiz Eleitoral, referente a cada eleição em que deixou de votar. Após a apresentação do comprovante do pagamento, o eleitor receberá a Certidão de Quitação Eleitoral.
 

Eleitores atrasados ficaram sem votar e terão que se explicar

Faltando um minuto
Para a eleitora Suzana Gomes Teixeira, a correria foi mais tensa, pois seu local de votação seria a Escola Municipal Maria Luiza Alves Guimarães, na seção 48. No entanto, ao chegar à escola, seu nome não constava na lista e ela foi orientada pelo fiscal a deixar seu título na seção para resolver o problema no dia seguinte (hoje), ou justificar o voto (alternativa inválida, pois ela estava em seu domicílio eleitoral e a justificativa vale somente para quem está fora).

“O fiscal estava despreparado e não quis me ajudar. Minha irmã viu meu nervosismo e me levou até a Escola Municipal David Carneiro, perto de onde eu moro, pra ver se meu nome constava em alguma seção e, para minha surpresa, e graças a boa vontade dos fiscais daqui, descobri que a minha seção era a 178. Votei faltando um minuto para às 17 horas. Mas fiquei indignada com isso. Me mudaram de seção e eu nem fui comunicada pela Justiça Eleitoral. Prova disso é que no meu título eleitoral consta seção 48”, reclamou.