IBGE aponta crescimento na produção industrial do PR

Facebook
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Email

O crescimento industrial de Araucária contribuiu para que o Paraná fosse o estado com a maior taxa de crescimento na produção industrial de 2008, segundo dados divulgados no começo do mês pelo IBGE. O índice foi de 8,6%, mesmo tendo verificado em dezembro uma queda 11,3% em relação a novembro.
O crescimento do ano no Estado ficou bem acima da média nacional, de 3,1%.

Atrás do Paraná, aparecem Goiás (8,5%), Espírito Santo e Pará (5,6%) e São Paulo (5,3%). O maior crescimento da produção física da indústria paranaense foi decorrente, sobretudo, do desempenho da indústria de veículos (com alta de 23,8%) e das indústrias edição e impressão (32,3%) e papel e celulose (16,7%).

Para o secretário estadual da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Virgílio Moreira Filho, as políticas públicas do Paraná para a manutenção do emprego e do crescimento industrial com a redução de impostos foram alguns dos fatores determinantes. “Mesmo com a desaceleração verificada em todo o Brasil, apenas o Paraná, o Pará e Goiás tiveram taxas positivas também no último trimestre de 2008”, destaca.

Na comparação de dezembro de 2008 com dezembro de 2007, a produção industrial paranaense teve recuo de 6,7%, decorrente principalmente da redução da produção da indústria de veículos (46,1%) e da indústria de máquinas e equipamentos (22,3%). Entre as indústrias que tiveram taxa de crescimento positiva, destacam-se as dos setores de edição e impressão (84,1%) e as de minerais não-metálicos (33,1%).

Recuperação

O analista de conjuntura do Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social), Ricardo Kureski, acredita que mesmo com a estiagem de verão atingindo o agronegócio e a crise financeira mundial, que já está mostrando seus impactos no Brasil, o Paraná vem se estruturando para que sua economia se recupere mais rapidamente.

“O Paraná vinha crescendo vertiginosamente com taxas superiores à média nacional. A geração de 600 mil empregos formais nos últimos seis anos foi uma das melhores performances do Brasil. Por isso, mesmo com recuo no desempenho econômico, ações como apoio ao crédito por meio de bancos regionais e agências de fomento, isenção de impostos e investimentos em infraestrutura devem alavancar o Estado neste período de crise”, avalia Kureski.

Um dos projetos que ajudam na manutenção e geração dos empregos no Paraná e o dos Arranjos Produtivos Locais (APLs) – concentrações de indústrias de um mesmo segmento ou de atividades complementares em uma mesma região. O APL proporciona ações conjuntas, como compra de matérias-primas, consórcios para exportação, compartilhamento de tecnologias e capacitação de mão-de-obra.

Desta forma, as indústrias ganham em escala, reduzem custos e conseguem ser mais competitivas. Atualmente o Paraná possui 22 APLs constituídos e responsáveis pela geração de 60 mil empregos diretos.

O secretário Moreira Filho acredita que o resultado de 2008 pode ser repetido em 2009. “O Governo do Estado está fazendo a sua parte. Estamos discutindo novos incentivos para indústrias, fortalecendo práticas que favoreçam a classe trabalhadora e lutando para a atração de novos investimentos industriais para o Estado”, salienta.

Compartilhar
PUBLICIDADE