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Araucarienses aderindo a moda do “rolezinho”
Diversos adolescentes de Araucária já confirmaram presença no “rolezinho” de Curitiba

Assunto em todo o país nas últimas semanas a onda chamada de “rolezinho”, que se espalhou pelo Brasil inteiro, tem assustado a população e chamado a atenção dos governantes. Além de baderna e tumulto, alguns rolezinhos já registraram, inclusive, furtos e muita correria.

Imagine estar passeando com a família em um shopping e, de repente, centenas de jovens invadirem o local gritando, ouvindo música alta e provocando uma grande agitação. E é justamente isso que ocorre quando acontece um rolezinho.

Este movimento, que tem características de manifestação, tem se intensificado e ganhado a adesão de um número cada vez maior de jovens entre 14 e 17 anos. Para muitos, essa tendência tem se caracterizado como uma verdadeira ameaça social.

Como acontece
O rolezinho é organizado através das redes sociais, mais comumente pelo Facebook. Um jovem, geralmente, com perfil falso, cria o evento na rede e manda vários convites para outros jovens se reunirem em pontos de lazer onde haja grande concentração de pessoas.

No próximo dia 01 de fevereiro, sábado, já está marcado o rolezinho de Curitiba. Segundo a página do evento no Facebook, a concentração dos jovens será as 14h no Terminal do Campina do Siqueira e depois todos seguirão para o Parque Barigui.

Mais de 6 mil pessoas foram convidadas e cerca de 650 jovens já confirmaram participação. Entre estes adolescentes que já confirmaram presença, vários são de Araucária. São meninos e meninas, estudantes, com a faixa etária que varia dos 15 aos 17 anos.

Um destes jovens A.S.M, de 16 anos, que terá sua identidade preservada, disse que vai participar do rolezinho, mas que seus pais não sabem, pois senão o impediriam. Ele contou também que decidiu ir porque sempre assiste na televisão as matérias sobre o assunto e acha que o movimento é legal. “E uma forma da galera se reunir e mostrar que tem poder. Todo mundo fica parado, olhando para quem está no rolezinho e a gente chama a atenção. É divertido”, revela.

Medidas
Diversas entidades estão realizando reuniões para discutir qual a melhor forma de conter este tipo de tumulto. A Abrasce, associação que reúne 264 shoppings do país, não descarta a possibilidade de entrar na justiça para impedir estes encontros.

O secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, defendeu que a Polícia Militar use a força contra os participantes caso seja necessário.

Quem é a favor dos encontros diz que estas medidas são discriminatórias e impedem o direito de ir e vir. Por outro lado, quem não participa das manifestações diz que se sentem ameaçados e reféns dos jovens participantes.
 

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