Quando a arte está no sangue e é feita com amor e dedicação, não há limites para o artista. Determinado, ele é capaz de criar dentro de si, seja por afinidade pela técnica artística adquirida ou pela simples paixão de praticá-la. É este o caminho que a araucariense Arlieta Mansur escolheu para trilhar. Desde que a paixão pela representação artística entrou na sua vida, ela nunca desistiu dos palcos e, mesmo no auge dos seus 60 anos, está sempre em busca de novos desafios. Agora, por exemplo, ela está no elenco da comédia “A Culpa é da Terceira Idade” (confira sinopse no box), que no dia 19 de maio teve sua estreia no Rio de Janeiro, no Teatro Antônio Fagundes e, no segundo semestre retorna para uma longa temporada, em vários palcos brasileiros.
A atriz confessa que, apesar da experiência já adquirida, enfrenta um mundo novo, repleto de aprendizados. “Isso é crescimento”, diz. Até chegar ao elenco da peça carioca, Arlieta seguiu uma longa trajetória: “A Escola de Dança e Teatro Espaço Estilo, da qual sou sócia proprietária com Juliene Mansur Ferreira, recebeu um convite da Empresa Desenvolvimento Artístico para participar de uma semana de Inserção em Estúdios de Televisão e Filmagens, no Rio de Janeiro. Eu fui. Tivemos a oportunidade de enviar três alunas das nossas oficinas de Teatro, para fazerem o mesmo trabalho. Elas adoraram e voltaram mais convincentes em suas decisões”, relata.
Depois dessa experiência, voltou para o Rio, onde iniciou alguns cursos de aperfeiçoamento. Dentre eles, destaca o da Lótus Films (MasterClass, TOP, Toplay), direcionados ao Teatro, Televisão e Filmes. “O diretor Denan Pettmant teve o cuidado magistral de lapidar cada um dos talentosos participantes. Entre outros trabalhos realizados, culminou com a apresentação da peça “A Culpa é da Terceira Idade”, de sua autoria e direção. Fizemos uma estreia emocionante em maio e agora nos preparamos para algumas longas temporadas já contratadas”, relata.
No sangue
A araucariense sempre esteve engajada nos eventos culturais da cidade. Também já participou do 1º Festival de Poesias Encenadas de Araucária, conquistando o 1º lugar; interpretou o papel de Madame Malinowa em “O Casarão da Rua Malinowa” por mais de um ano e participando de muitos Festivais de Teatro, sendo premiada essa peça, que é de autoria e direção de Jester Furtado; foi uma das Divas Nordestinas (com sotaque e tudo) na peça “Amor e Água no Sertão, Uns Tem, Outros Tem Não”, de autoria e direção de Deodato Meira de Araújo. “Tive vários outros relevantes trabalhos, como o convite para representar Maria Mãe de Jesus no espetáculo da Paixão de Cristo, do grupo Lanteri, dirigido por Aparecido Massi, trazido para cá por iniciativa do prefeito Hissam Hussein Dehaini. Esse trabalho foi um verdadeiro presente de Deus”, comentou.
Arlieta ressaltou que não consegue mais parar de aprender, por isso sempre busca novos conhecimentos, sem deixar de exercer a advocacia, há mais de 30 anos. Para ela, é possível alcançar as pessoas de uma forma diferente, auxiliando-as a aumentar a autoestima, despertando o seu melhor. “O que houve de curioso nessa peça do Rio de Janeiro é que minha personagem Mercedes, entre uma série de absurdos que apresenta em cena, é uma socialite carioca e, para tanto, foi necessária grande alteração em meu sotaque (de “leitE quentE paranaensE” para muitos “isss”, “esses” e “erres” exagerados) e, após os aplausos, não pude me conter dando um passo à frente para chamar o diretor em palco, em bom “carioqueiiiiiisssss” e, já em seguida, disse meu nome em ótimo “paranEs” e que sou araucariensE e do tremendo orgulho em ter nascido aqui e ser paranaensE! Os aplausos redobraram e foi muito emocionante! Não poderia deixar de levar o nome de Araucária, terra onde nasci, exaltando os grandes talentos de nossa cidade”, pontuou.
Uma comédia para todas as gerações
O espetáculo A Culpa é da Terceira Idade retrata a vida na casa dos Silva, uma típica família de classe média brasileira. Nela, Seu Silva e a esposa, o filho, netos e agregados vivem diariamente a luta para sobreviverem em meio à crise que o país se encontra. De uma maneira leve e divertida, a história retrata o cotidiano dos brasileiros em várias esferas da sociedade, passando por todas as gerações e trazendo o público a um cenário intimista e de extrema identificação.
E afinal, a culpa por toda essa crise é de quem? Dos mais velhos ou dos mais jovens? A resposta está no palco nesse encontro de gerações de atores que promete fortes emoções e muitas risadas para quem for assistir.
“A Culpa é da Terceira Idade” fala de amizade, família, união, valores e muito mais. O Elenco é composto por Rogério Bern, Eliane Lorett, Arlieta Mansur, Alex Heiro, Ariane Croazara, Victor Gomes, Del Moreira, Wanderson Ramos, Hellen Cristinne, Alan Rosa e Mayara Aguiar. O espetáculo tem texto e direção de Denan Pettmant.
A realização do espetáculo é da Lótus Films, com texto e direção de Denan Pettmant, direção musical de Celso Rangel, produção executiva de Bruno Sheven, Gabriel Telie e Lua Haddad.
Foto: divulgação
Publicado na edição 1118 – 21/06/2018
